Em valores absolutos, Foz do Iguaçu terá o maior orçamento da sua história no ano que vem, montante de R$ 2,1 bilhões projetado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A aplicação de cada centavo caberá ao novo prefeito, a ser escolhido diretamente pelo morador nas eleições de outubro.
A forma como é usado o dinheiro público mantém correlação com a qualidade dos serviços prestados à população. Assistência em saúde, escolas e educação boas, segurança e sistemas adequados de transporte e mobilidade urbana estão relacionados a quanto e como é empregado o recurso da coletividade.
Exemplo é a saúde pública, que permanece sendo um segmento desafiador. A previsão é de R$ 508 milhões para o setor em 2025, um a cada quatro reais do orçamento. Sem soluções diferentes de gestão, o resultado tenderá a ser o mesmo, isto é, grande volume de recursos, mas muita reclamação da população pela qualidade.
Sendo atribuição do gestor municipal o bom manejo do erário, uma contrapartida que recai ao eleitor é a escolha responsável e consciente do prefeito. Trocando em miúdos, a reflexão que pode ser feita é qual gerente da coisa pública tem condições de receber a confiança para administrar a quantia bilionária em prol da cidade e da população?
É preciso acrescentar, ainda, a importância do papel fiscalizador do legislativo. Não deve ser merecedor do voto o candidato a vereador que oferece vantagens pessoais, promessa de emprego ou que se apresenta com realizador de obras. Sua função primordial é a de fiscal do povo, que zela pelos recursos, serviços e patrimônio que são de todos.
Não há milagres nas escolhas eleitorais, devendo prevalecer a medida de razão necessária para o eleitor avaliar propostas, programas e históricos. E se as bandeiras são capazes de romper com problemas reais enfrentados pela comunidade. Afinal, não é a qualquer destinatário que se pode entregar um cheque em branco de R$ 2,1 bilhões.
A aplicação de cada centavo caberá ao novo prefeito, a ser escolhido diretamente pelo morador nas eleições de outubro.
Com um baita de um orçamento, aí a população elege um picareta, os pobres cidadãos ficam a ver navios por mais 4 anos.