Duplicação já da BR-277 para salvar vidas, sem pedágio caro por mais 30 anos

A rodovia é a via federal que registrou o maior número de acidentes no Paraná em 2020.

A BR-277 é a rodovia federal que mais mata no Paraná. A necessidade urgente é de duplicação, não de pedágio. Entre as vias federais que cortam o Paraná, a BR-277 é a mais mortal. Somente em 2020, foram 154 vidas perdidas nela.

A 277 é também a rodovia federal que registrou o maior número de acidentes no estado, no ano passado, contabilizando um total de 1.409 ocorrências com vítimas.

Os números, que acabam de ser divulgados, integram o painel anual de acidentes rodoviários, elaborado pela CNT, a Confederação Nacional do Transporte, com base nos dados fornecidos pela Polícia Rodoviária Federal.

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Quem mora em Foz do Iguaçu certamente conhece alguém ou tem um familiar que sofreu acidente na BR-277.

A rodovia liga nossa cidade a Curitiba, ao Porto de Paranaguá e ao litoral. Ela corta o estado de Leste ao Oeste.

É essa a estrada que escoa a produção do Oeste paranaense, grande produtora de carnes e grãos. Por ela também chegam os produtos que nos abastecem.

Parte significativa dos turistas que visitam Foz do Iguaçu vem pela mesma rodovia.

Em 2020, o Porto Seco iguaçuense recebeu mais de 169 mil caminhões com cargas de importação e exportação, o que representa movimento diário de quase 500 veículos na cidade. A grande maioria desses caminhões passou pela BR-277.

Mesmo com essa letalidade, representada pelo número de acidentes e de mortes, bem como pela sua importância para o desenvolvimento e a integração de Foz do Iguaçu e da Região Oeste, a BR-277 ainda é uma rodovia majoritariamente de pista simples.

Somente perto da metade da extensão do trecho entre Foz do Iguaçu e Cascavel possui pista dupla. E a distância que separa essas duas cidades é muito pequena, apenas 120 quilômetros.

Assim, é preciso dizer ao poder público que a demanda, a primeira demanda da população que utiliza ou está conectada à BR-277, é pela sua duplicação para reduzir prejuízos materiais, evitar sofrimentos humano e salvar vidas.

Pelo que se desenha, amargaremos um pedágio por mais 30 anos. Enquanto o poder público concentra-se em quanto poderá obter com a outorga onerosa na nova concessão das rodovias, a 277 segue sendo um risco à vida de quem a utiliza.

E se não houver mobilização contundente da sociedade, a BR-277 continuará mortal e cara para se transitar nela.

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