Conectividade aérea: Foz do Iguaçu quer e precisa voar

Leia a opinião do portal sobre os esforços para aumentar número de voos no Aeroporto Internacional Cataratas.

Os ventos sopram boas expectativas para a conexão aérea internacional de Foz do Iguaçu desde o Panamá, país localizado entre as bandas sul e norte das Américas. Atrair operações da companhia Copa Airlines representa ascender a uma vitrine de voos que trazem e levam a 85 destinos no continente.

É o que almeja a Gestão Integrada do Turismo de Foz do Iguaçu, associada a entes estaduais e federais, com o protocolo de intenções que acaba de ser firmado com a aérea, após negociações de um ano. As pistas panamenhas constituem um hub, valendo-se  da posição geográfica estratégica.

É fácil chegar ou sair de avião da nação caribenha por conta da ampla oferta de rotas. É dessa ramificação que o destino iguaçuense quer ser parte, mirando um polo de viagens pelo qual  passam turistas internacionais de países como Canadá, Estados Unidos e México.

Os estadunidenses estão entre os principais visitantes estrangeiros nas Três Fronteiras, considerando os ingressos no Parque Nacional do Iguaçu. A busca pela efetivação da parceria é para a implantação de novos voos diretos de Foz do Iguaçu (IGU) até o aeroporto da Cidade do Panamá (PTY), perto desse público.

Se a rota com o Caribe é o bom combate a fim de ampliar a  conectividade aérea iguaçuense, há desafios que batem à porta de gestores públicos e permissionários. O terminal iguaçuense ainda não recuperou a movimentação do período pré-pandemia, conforme os números fechados de 2023.

Em 2019, foram 2,3 milhões de passageiros, ante 1,9 milhão no ano passado. Em quantidade de voos, entre os 50 aeroportos com mais movimento no país, Foz do Iguaçu aparecia com o quinto pior desempenho nesse quesito, tendo recuperado 81% do número de pousos e decolagens anteriores à covid-19 – em 2023, foram 14 mil e em 2019 eram 17 mil –, mostrou reportagem do H2FOZ.

O preço das passagens é outro fator que deve figurar no radar das instâncias responsáveis, como incremento da mobilidade e pela projeção de terminais regionais, a exemplo de Cascavel. Entre março e abril, dois meses, pesquisa em plataforma on-line de preços mostrava que, em apenas dez dias, o aeroporto iguaçuense tinha valores mais em conta do que o vizinho no Oeste.

E, ainda, soa inconcebível que uma pista ampliada há três anos para elevar capacidade operacional do IGU permaneça sem homologação, depois de queda de braço entre a antiga e a atual administração. Recentemente, após o tema voltar à pauta da opinião pública, a CCR Aeroportos anunciou que concluirá obras e realizará esse procedimento. Que o futuro seja de céu de brigadeiro para os passageiros aéreos de Foz do Iguaçu.

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