Com 1 milhão de moradores, a metrópole trinacional

Somos 1 milhão de fronteiriços. Leia a opinião do portal sobre a população da região trinacional.

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Levantamentos divulgados nesta semana por órgãos dos governos do Brasil e do Paraguai dão novos números à população da região trinacional. Movimentos humanos, em suas geografias, se sabe, projetam desafios, perspectivas e oportunidades.

Dados reunidos com exclusividade pelo H2FOZ traduzem o Censo 2022 do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), do Paraguai. E o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou a primeira estimativa pós-censo, tomando julho de 2024 por base, indicando o contingente iguaçuense.

Entre as cidades-polo da região, Ciudad del Este é a mais populosa, com 325.819 estenhos, e Foz do Iguaçu chega a 295.500 moradores, pela projeção do IBGE. Na Argentina, Puerto Iguazú e mais três cidades conectadas contam com 99.013 habitantes.

A adição que inclui as cidades do entorno de Ciudad del Este – Presidente Franco (88.744), Hernandarias (83.285) e Minga Guazú (81.072) – , a área de Iguazú e as coirmãs Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu (25.055), soma 998.488 pessoas. São os fronteiriços.

Importa dizer que, na prática, ocorre a região metropolitana trinacinonal, em que 1 milhão de habitantes compartilham vivências sociais, econômicas e culturais, sob um ambiente plurilíngue. São dez cidades articuladas dentro de um curto raio de aproximadamente 50 quilômetros.

Como exemplo, a designada pela gestão estadual como Região Metropolitana de Cascavel constitui 559,7 mil habitantes, em 22 municípios, entre Matelândia e Guaraniaçu. Os dados, de 2022, são do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).

Se por trás dos números estão as pessoas, projetos de vida e sonhos individuais ou coletivos, a palavra de ordem atende por integração. É um pacote que, de um lado, envolve as experiências forjadas pela dinâmica própria da vida transfronteiriça, entre Argentina, Brasil e Paraguai.

A outra parte é a que cabe aos governos de todos os níveis. Nesse campo, integração está mais para embelezar o repertório de tratados e o falatório oficial do que para políticas públicas comuns, pensadas e empreendidas de forma conjunta entre as cidades e países da fronteira.

Sendo lugar bom o que alia vida e trabalho, as demandas da região trinacional são muitas: saúde, mobilidade, trabalho formal, educação e segurança. É um cenário que recomenda visitar, no caso de Foz do Iguaçu, o que trazem os planos de governos dos candidatos a prefeito sobre os desafios e as fortalezas da integração.

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