Não será na gestão de Chico Brasileiro (PSD) que virá a solução definitiva para o transporte coletivo de Foz do Iguaçu. Ficará para o próximo prefeito o papel de instituir a concessão, com um contrato mais estável e duradouro, ou chegar a um novo modelo para o sistema de ônibus.
O que substituirá o atual contrato emergencial é um termo transitório de dois anos. Alega a prefeitura que não dispõe de tempo hábil para estudos técnicos para um processo mais efetivo. O Tribunal de Contas do Paraná considera que o município tem planejamento inadequado sobre o serviço.
O contrato emergencial não entregou o prometido. “Ônibus modernos, menor tempo de espera e uso da tecnologia para garantir maior qualidade para os usuários. Isso tudo sem aumento da tarifa”, comprometeu-se a prefeitura em fevereiro deste ano.
A cidade “escreve um novo capítulo na história do transporte público”, disse Chico Brasileiro. O preço da passagem subiu. Reclamações sobre a frequência das linhas e demora nos deslocamentos continuam. E a próxima operadora do serviço terá um contrato curto.
A nova licitação aberta prevê os mesmos 84 ônibus de hoje, com aumento se houver “credibilidade e confiabilidade do sistema, bem como ampliação das rotas”, diz o edital. Da frota, 60 veículos deverão ter ar-condicionado.
O certame estima que o contrato some R$ 166 milhões. Trata-se de aumento proporcional do valor em relação ao regime emergencial em vigor, que foi precificado em R$ 50,7 milhões. O novo contrato terá o dobro do período e 22 carros a mais.
“O contrato emergencial previa 500 mil quilômetros mensais e a licitação está prevendo um aumento para 700 mil quilômetros mensais”, justifica a prefeitura. “Por isso, houve aumento do valor, além da contratação ser pelo dobro do tempo.”
Hoje, paga-se R$ 9,07 por quilômetro rodado para o ônibus padrão, e a nova licitação prevê custo de R$ 9,67 inicialmente. Valor que tende a baixar com a concorrência, acredita a administração. Está mantido o subsídio para a empresa ou consórcio vencedor.
Na Justiça, há um imbróglio legal que poderá resultar, no futuro, em indenização ao Consórcio Sorriso. Juiz local determinou o retorno das empresas, ao transcorrer todo o processo. A gestão municipal espera derrubar a sentença nas instâncias superiores.
O iguaçuense que utiliza ônibus, ao término de oito anos da gestão de Chico Brasileiro, terá experimentado medidas paliativas. Pilar da mobilidade urbana, fator de qualidade de vida e de acesso à cidade, o transporte coletivo iguaçuense tende a permanecer na contramão desse conceito.
O que substituirá o atual contrato emergencial é um termo transitório de dois anos. Alega a prefeitura que não dispõe de tempo hábil para estudos técnicos para um processo mais efetivo.
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