Chico Brasileiro politiza o aumento do estacionamento em vias públicas

Leia a opinião do portal sobre as ações para reverter o reajuste do valor do Estarfi.

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A medida arrecadadora virou queda de braço na seara da política, com o prefeito querendo evitar protagonismos além do seu.

Duas cidades são representadas pelo prefeito Chico Brasileiro (PSD) conforme a conveniência. A da propaganda oficial é a que cresce. A outra Foz do Iguaçu é a que patina, justificando a gana governamental para aumentar receitas à custa do morador, como os reajustes da taxa de lixo, do imposto sobre serviços e do estacionamento público, o Estarfi.

Correndo o risco de ser derrotado na Câmara de Vereadores, ao ver tramitar projeto adverso ao aumento de 100% do preço das vagas públicas em vias municipais, o chefe do Executivo vinculou o encargo à criação do passe livre estudantil. Incutiu entre os seus a resenha em que ser contra a elevação do custo do Estarfi é opor-se à gratuidade.

O argumento desmontou com a proposta para destinar parte do orçamento do Legislativo ao custeio do passe livre para os discentes, estimado em R$ 2 milhões por ano. A oferta prevê a suspensão do aumento do estacionamento e a busca de solução para a rotatividade, reivindicação de usuários das principais áreas de comércio e serviços.

Posto em contradição, Chico Brasileiro mantém a recusa de reverter o reajuste do Estarfi, enredando novas exigências à própria teima. A medida arrecadadora virou queda de braço na seara da política, com o prefeito querendo evitar possível protagonismo advindo da Travessa Oscar Muxfeldt, neste momento de redesenho das forças com foco na eleição municipal.

A proposição de financiamento do passe livre com recursos da casa legisladora também cumpre papel de advertência aos vereadores que sustentam o gestor municipal na Câmara, popularizados como a “bancada do amém”, os quais apressaram-se para fazer valer o interesse do Executivo. A representação popular, pois, deve ser pautada na busca de soluções para toda a comunidade.

Sob contrato provisório de dois anos, o transporte coletivo iguaçuense necessita de medidas estruturais, garantidoras de direitos que assegurem plenamente o acesso da população e qualidade desse serviço essencial. O termo em vigor praticamente dobrou o custo por quilômetro rodado, reduziu a frota e consome mensalmente mais de R$ 1 milhão do iguaçuense, na forma de subsídio à operadora.

O Estarfi é um estacionamento rotativo que não promove o seu objetivo, que é a alternância dos veículos nas vagas, agora com valor dobrado cobrado de trabalhadores e da população que vai às compras ou realiza serviços, no centro, Vila A e Vila Portes. Não oferece seguro para avarias e, não raramente, o cidadão tem que pagar o serviço e cuidadores informais.

Em seu movimento político para criar um antagonismo entre aumento do Estarfi e passe livre, Chico Brasileiro revisitou velhos manuais que recomendam dividir para conquistar. Não é caso isolado. Foi embalada pelo Palácio das Cataratas a falsa ambiguidade entre manter uma praça ou construir uma escola, quando é direito da população ter os dois equipamentos. A divisão parece ser o remédio adotado para problemas de gestão.

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1 comentário
  1. Gilmar Diz

    Perfeito. Porém que tal um artigo sobre a tomada das ruas de Foz pelos flanelinhas. Verdadeiros bandidos que promovem a extorsão em via pública sob o olhar complacente das autoridades e imprensa?

Comentários estão fechados.