Entre chefes e chefetes aturdidos pela insegurança instalada no paço municipal depois da abertura das urnas, nas repartições onde transitam os nomeados por indicação política, o prefeito Chico Brasileiro (PSD) monta sua estratégia para os dois últimos anos de gestão. Mudanças em secretarias levam ao realinhamento de olho na sucessão municipal.
A derrota eleitoral da primeira-dama e ex-secretária de Saúde, Rosa Jeronymo, que disputou vaga na Assembleia Legislativa, inviabilizou a cartada natural na escolha do nome que irá representar o grupo ocupante do poder na eleição de 2024. Os palacianos vão às costuras, fazem repactuações e, sobretudo, buscam apaziguar interesses e aplacar o ímpeto de pretendentes.
Para alçar um indicado com chances ao jogo sucessório, Chico Brasileiro precisa levar a própria administração a dar respostas às demandas da população e da sociedade organizada. Isso exige não apenas ações governamentais, como também a manutenção da base de apoio político na Câmara de Vereadores, somatório que nem sempre gera o resultado desejado.
Enquanto faz os primeiros reparos no governo, com troca de nomes em secretariais e diretorias, o prefeito apresenta mais do mesmo quando o assunto é gestão. Recorre a generalidades para falar em “novo salto” no turismo, logística, infraestrutura urbana, comércio e indústria – e a realizações que não são suas para desenhar uma cidade em pujança, como as obras da segunda ponte e a duplicação da Rodovia das Cataratas.
“Foz do Iguaçu também vai se tornar um centro internacional de compras com as lojas francas. Todos esses novos cenários precisam de uma equipe focada na inovação, tecnologia e planejamento”, discorre Chico Brasileiro. Usa essa projeção para justificar que as “mudanças na prefeitura são para esses novos desafios”, diz.
De certo, a disputa pelo principal assento do Palácio das Cataratas já começou. As próximas acomodações que irão figurar no Diário Oficial poderão demonstrar o nível de negociações deflagradas. Já para aferir se o remendo de Chico Brasileiro na administração servirá aos interesses da coletividade, quer dizer, ao povo iguaçuense, somente o tempo será capaz de mostrar.
Chico Brasileiro monta sua estratégia para os dois últimos anos de gestão. Mudanças em secretarias levam ao realinhamento de olho na sucessão municipal.
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