Censo, população e construção de uma cidade boa para 285 mil iguaçuenses 

Leia a opinião do portal sobre o censo e construção de uma cidade boa para todos.

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Crescimento da população não pode ser uma obsessão, mas reflexo de uma cidade boa para se viver, com qualidade de vida e oportunidades para todos, isto é, acessos. O movimento demográfico, contudo, ajuda a indicar o quanto uma porção de território, como uma cidade, é atraente para reter ou captar moradores.

Entre gestores à frente da máquina pública, o numerário inicial divulgado pelo Censo 2022 produziu o impulso à propaganda em uns e conduziu outros ao questionamento dos dados, para gerar explicações e mesmo aplacar expectativas por ora não correspondidas. Foz do Iguaçu se perfila na segunda situação, incluída pela turra palaciana.

Crescendo anualmente abaixo de um dígito, na média, a população da cidade aumentou 11,5% em 12 anos, demonstra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão crava em 285.415 o número de habitantes iguaçuenses e em 103.504 o total de residências dentro dos limites do município – menos de três pessoas em cada casa.

A contagem atual não supera indicadores aferidos em outros tempos, como em meados dos anos 2000, quando a população de Foz do Iguaçu passou de 300 mil moradores. O censo retira a localidade do recorte que a colocara em estagnação, por estimativas anteriores do IBGE, e até de perda populacional, como entre 2020 (258.248) e 2021 (257.971).

Entre as nove cidades da Microrregião Oeste, o índice de expansão de Foz do Iguaçu só é superior ao de duas: Missal e Ramilândia. Comparativamente às cidades-polo do Oeste, a localidade fronteiriça fica atrás dos percentuais de crescimento demográfico de Medianeira (30%), Toledo (26,1%) e Cascavel (21,6%), mostra reportagem do H2FOZ.

Em mais de uma década, de acordo com o levantamento do IBGE, Foz do Iguaçu foi de 256 mil para 285 mil habitantes. Nesse percurso, o governo federal implantou uma universidade pública, que recebe estudantes de todo o país e da América Latina e Caribe. Pouco antes foi criado um parque tecnológico. E as cidades paraguaias atraem universitários para o curso de Medicina, muitos deles residindo na margem de cá do Rio Paraná.

Feitos esses registros, Foz do Iguaçu deve debruçar-se sobre os números do Censo 2022 do IBGE para entender a cidade atual e aquela que precisa ser construída. É possível e necessário projetar um ambiente comum que vença o subemprego, gerando trabalho qualificado e salário decente, especialmente o derivado dos avanços com a educação.

O direito à cidade tem de extrapolar a retórica de manuais que ensinam bons modos de gestão. A Foz do Iguaçu para 285 mil moradores deve garantir moradia, mobilidade urbana, cultura, lazer, segurança e natureza. A demografia indica quantos são os iguaçuenses, ponto de referência para políticas públicas que possam influenciar histórias e construção de vidas.

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3 Comentários
  1. Censo, população e construção de uma cidade boa para 285 mil iguaçuenses  - Lakumanews

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  2. João Nascimento Diz

    Foz é uma cidade conhecida por suas belezas naturais, no entanto também possui seus pontos negativos que precisam ser considerados.

    Infraestrutura precária: Embora a cidade seja um ponto turístico popular, a infraestrutura de Foz do Iguaçu deixa a desejar. O sistema viário é deficiente, com ruas esburacadas, falta de manutenção e de sinalização adequada, o que dificulta a mobilidade e causa transtornos para moradores e visitantes.

    Segurança: A segurança em Foz do Iguaçu também é fonte de preocupação. Embora existam esforços para melhorar a situação, a cidade ainda enfrenta problemas com criminalidade, como homicídios, furtos e roubos, especialmente em áreas mais afastadas do centro e em locais com menor policiamento.

    Sazonalidade do turismo: O turismo é uma importante fonte de receita para a cidade, mas também é um ponto negativo. Foz do Iguaçu depende muito do fluxo de turistas, e isso causa problemas durante os períodos de baixa temporada, quando a economia local é afetada e os serviços são reduzidos.

    Falta de diversificação econômica: Além do turismo, Foz do Iguaçu tem uma economia limitada em termos de diversificação. A dependência excessiva do turismo torna a cidade vulnerável a flutuações econômicas e impactos negativos em casos de crises no setor.

    Problemas ambientais: Embora seja famosa por suas belezas naturais, Foz do Iguaçu também enfrenta desafios ambientais. A poluição dos rios e a degradação de áreas naturais são questões preocupantes, principalmente devido ao grande número de visitantes e à infraestrutura necessária para atendê-los.

    Falta de planejamento urbano: A cidade também sofre com a falta de um planejamento urbano eficiente. A expansão desordenada e o crescimento descontrolado podem levar a problemas como a ocupação irregular do solo, falta de áreas verdes e deficiências no fornecimento de serviços básicos.

    É importante ressaltar que esses pontos negativos não devem ofuscar completamente as belezas e atrativos de Foz do Iguaçu. A cidade tem um valor turístico inegável e ainda oferece uma experiência única para quem a visita. No entanto, é necessário reconhecer e abordar essas questões para promover um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável da região.

  3. IBGE detalha trabalho de contagem da população de Foz do Iguaçu - Hayyulnews

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