Quando a previsão era de entregas, o que ocorreu foi o abandono da obra do campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) pelo consórcio contratado, que alegou a inviabilidade dos termos e levou a causa ao Judiciário. A instituição fez o mesmo para dirimir a refrega. Estudantes, professores e técnicos ficaram sem sede própria.
Depois de muitas voltas, em que a construção inacabada encorajou arengas com o objetivo de desacreditar esse modelo de universidade, é anunciada a retomada do projeto original do Campus Niemeyer. São estimados R$ 600 milhões custeados pela Itaipu Binacional, licitação prevista para 2023 e conclusão em três anos.
Conforme a direção brasileira da usina, serão concluídas as obras da primeira fase, paralisadas desde 2014 com 41% de execução dos serviços. Inclui prédio principal, bloco de salas de aula e restaurante universitário (RU), de acordo com a Itaipu, afiançando no projeto a assinatura do renomado arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).
O compromisso foi oficializado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Foz do Iguaçu. Durante a agenda, em clima similar a uma partida de futebol com torcida única, espaço não sobrou para indagações dos porquês e responsabilidades que arrastaram o campus aos tribunais e ao atraso de uma década.
A memória resgata que uma pró-reitoria, com quadros extrínsecos à universidade, fora constituída com a finalidade de dar andamento à edificação, parte constitutiva do sonho de uma instituição de ensino integradora, cravejada em uma das cidades mais cosmopolitas da América do Sul. Não foi suficiente nem eficiente, já que o resultado, por óbvio, não foi alcançado.
O Campus Niemeyer ganha um segundo ensejo que não pode ser desperdiçado. Como exemplo, o investimento financeiro previsto é quase o dobro do valor da segunda ponte internacional na fronteira, ligando o Brasil ao Paraguai, que tem custo de R$ 323 milhões, conforme valor atualizado pela usina divulgado no final do ano passado.
Mais do que isso, infraestrutura física adequada é determinante para a consolidação da Unila, que projeta receber 10 mil alunos, de dezenas nacionalidades. Esse capital humano converte-se em conhecimento, pesquisa, projetos na comunidade, diversidade e pensamento crítico, além de recursos injetados na economia da cidade e da região.
Recentemente empossada, a reitora Diana Araújo Pereira adiantou, em entrevista ao programa Marco Zero, que a tendência é a universidade adotar o modelo multicampi. O prédio Niemeyer poderia ser, no futuro, um centro de cultura, com graduações em artes, música e cinema, somadas a projetos de ensino pesquisa e extensão, e livre acesso ao campus, sem barreira.
Paralelamente à sua finalidade macro e perfil internacionalista, a Unila representa para Foz do Iguaçu uma das principais alavancas para o desenvolvimento pelo saber. No contexto em que uma ponte permanece fechada à passagem por falta de acessos, e uma obra educacional fica parada por dez anos, todos os sinais de vigilância devem ser acionados para que oportunidades não sejam soterradas.
Que bom reinício obras da Unila – Projeto iniciado pelo velho Antonio Bordin, meu pai que iniciou estudos para universidade latino americana com vinda a Foz do Ministro da Educação Jarbas Passarinho e viabilizada com nosso amigo Jorge Samek na direção da Itaipu Binacional e agora em vias de conclusão desta espetacular obra Viva Foz do Iguaçu Boa semana a todos Félix Bordin Diretor Grupo Barigui
Panora….. Vai faturar
Parabéns a nova visão para com a UNILA. Discentes e Docentes merecerem a sequência desta retomada, que desejamos ser em breve.
A Educação é transformadora, temos que investir no Conhecimento, nos Saberes Educacionais.