A prefeitura informou que 16,4 mil moradores de Foz do Iguaçu estão com a segunda dose da vacina contra o novo coronavírus em atraso. É um grupo grande de pessoas, considerando que a pandemia de covid-19, apesar dos indicadores recentes que trazem alento, ainda não acabou.
Tanto os órgãos de saúde quanto os fabricantes enfatizam que, para fazer o efeito desejado, as pessoas precisam cumprir o ciclo vacinal, ou seja, receber as duas doses do imunizante, com exceção de uma das marcas que requer aplicação única.
A vacina contra a covid-19 é um direito das pessoas e que deve ser valorizado como o meio disponível no momento mais eficiente para a proteção individual, familiar e coletiva. É um medicamento ofertado de graça pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, entregue aos estados que o repassam aos gestores municipais para a aplicação na população.
A Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, acaba de reiterar, em informe técnico que lança periodicamente, que a campanha de vacinação no país está atingindo um de seus principais objetivos: reduzir casos graves que levam a internamentos e óbitos. E os dados comprovam isso. O retardamento da imunização significa manter janelas abertas para o vírus, basta ver a situação de alguns países europeus e de parte dos Estados Unidos.
É preciso atingir a universalização da vacinação com rapidez, avançando na imunização de adolescentes e iniciando-a no grupo infantil. Os adolescentes, lembra-se, apresentam maior intensidade de circulação e voltaram às aulas presenciais, elevando a mobilidade de pessoas, inclusive em meios coletivos de transporte. As crianças também estão nas escolas.
O relaxamento das medidas de distanciamento físico tem aumentado a concentração de pessoas, até em ambientes fechados. Lembra a Fiocruz que a chegada do fim de ano fará aumentar esse comportamento, recomendando para o contexto o uso de máscaras como medida de proteção e a higienização das mãos.
Em Foz do Iguaçu, a prefeitura precisa e deve fazer uma busca efetiva às mais de 16 mil pessoas que estão com a segunda dose da aplicação em atraso. E as autoridades públicas não podem emitir mensagens dúbias que possam sugerir o relaxamento de cuidados, como especular publicamente possível fim do uso de máscara enquanto essa decisão não for definida tecnicamente.
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