Até agora, dados vazados são “pouco sensíveis”, diz o banco. Pagamento instantâneo transfere recursos entre contas em poucos segundos.
Segundo o Banco Central (BC), vazamentos de dados do Pix deverão ser frequentes. A afirmação sobre o funcionamento do sistema de pagamento instantâneo é do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.
De acordo com o representante da instituição, até agora ocorreram “casos leves”. Mas como a tendência é a de que esse universo de dados cresça exponencialmente, “os vazamentos vão acontecer com alguma frequência”.
O diretor do BC advertiu que não há a pretensão de banalizar as ocorrências com o alerta. Frisou que estão sendo adotadas providências para que elas se deem na menor escala possível.
As informações de usuários do Pix expostas não incluem dados como senhas e movimentações financeiras, assegurou o agente público. “Os vazamentos abrangem, na maior parte, dados que podem ser obtidos publicamente”, apontou a Agência Brasil.
Ainda de acordo com Roberto Campos Neto, o Banco Central adota medidas mais transparentes que as de outros países. Os vazamentos, disse, são comunicados no site do banco (clique aqui).
Desde a semana passada, o BC informou que não divulgará mais os casos de exposição de dados de chaves Pix por meio de avisos. Essas situações serão listadas no site da instituição.
O Banco Central confirma três casos de vazamento de informações desde a criação do Pix, no final de 2020. No mais recente, na semana passada, 2.112 chaves Pix de clientes da empresa de pagamentos LogBank foram vazadas.
Pagamento rápido
O Pix está enraizado entre as transações comerciais de pessoas e empresas que possuem uma conta, seja corrente, poupança ou de pagamento pré-paga. São 734 instituições aprovadas pelo Banco Central para ofertar esse sistema. Por esse meio de pagamento instantâneo, os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia.
Outras funcionalidades estão sendo desenvolvidas, como a função de débito automático e a remuneração do dinheiro que fica parado na conta. Segundo o Banco Central, as modalidades Pix Saque e Pix Troco, em vigor desde o fim de novembro, movimentaram R$ 9,7 milhões e R$ 100 mil, respectivamente, em janeiro deste ano.
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