É o primeiro caso, que se saiba, do retorno de um investimento de fabricante brasileira no Paraguai.
A empresa Calçados Gonçalves, que há quatro anos instalou uma unidade em Ciudad del Este, está de volta ao Brasil.
A informação está na revista gaúcha Amanhã.
“É um movimento inverso do que ocorreria anos atrás”, avalia o gerente de vendas da empresa, Deivis Gonçalves.
Ele explica que a desvalorização do real tornou o Brasil um local mais barato para produzir calçados do que o Paraguai.
E isso acontece mesmo com os benefícios oferecidos pela Lei da Maquila e os custos bem mais baixos com a mão de obra e energia elétrica, no Paraguai.
DE OLHO NO MERCADO
A empresa, que tem sede no Rio Grande do Sul, produz calçados há 14 anos. Hoje, são 150 mil pares por mês, 50% deles para o mercado internacional.
A empresa está com foco na retomada da demanda mundial por calçados, que deve aumentar entre 10 e 15% este ano.
E volta porque houve uma gradual redução dos custos produtivos brasileiros, especialmente no que diz respeito à desburocratização para exportação.
A planta de Ciudad del Este será incorporada à fábrica que a Calçados Gonçalves mantém em Canindé, no Ceará.
EMPREGOS
Deivis Gonçalves conta que a unidade paraguaia empregava cerca de 50 pessoas, que já foram desligadas.
Com exceção de três brasileiros, que vão retornar para trabalhar na fábrica de Canindé.
A empresa emprega diretamente, no Brasil, cerca de mil pessoas – 600 delas em Canindé, número que deverá aumentar com a transferência da produção do Paraguai, e 380 na matriz, em Rolante (RS).
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