Foram liberados três trechos da ferrovia ao todo, que juntos somarão mais de 500 quilômetros de trilhos; leilão está previsto para o ano que vem.
O Ministério da Infraestrutura oficializou a liberação de três ramais ferroviários para os três trechos da Nova Ferroeste: de Cascavel a Foz do Iguaçu, entre Cascavel e Chapecó e de Dourados a Maracaju, no Mato Grosso do Sul. Foram os primeiros procedimentos com base em autorização, conforme prevê a Medida Provisória 1.065, que instituiu o programa Pró-Trilhos, no último mês de agosto.
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A solenidade foi em Brasília (DF), nessa quinta-feira, 9, com a presença de autoridades federais e de representantes da Ferroeste. Os três ramais que envolvem o Paraná somarão 528 quilômetros, e o investimento na construção está previsto em R$ 1,7 bilhão. Há um quarto pedido paranaense em trâmite para análise, abrangendo o trecho entre Guarapuava e Paranaguá.
“Esses contratos firmados como o Ministério da Infraestrutura nos autorizam a incluir estes trechos no processo que será levado a leilão”, disse o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves. O projeto da Nova Ferroeste prevê a construção de uma estrada de ferro entre o Mato Grosso e o litoral do Paraná. A ideia é fazer com que 1,3 mil quilômetros de trilhos conectem Maracaju (MS) a Paranaguá (PR), além do ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu.
O objetivo é dotar a ferrovia de condições para transportar a produção do Mato Grosso do Sul e do Oeste do Paraná. E, com a ligação com Foz do Iguaçu, possibilitará o fluxo de cargas do Paraguai e da Argentina com destino ao Porto de Paranaguá. “Quando o projeto estiver concluído, será o Corredor Oeste de Exportação e deve movimentar cerca de 38 milhões de toneladas, tornando-se o segundo maior corredor de grãos e contêineres refrigerados”, informa o Governo do Paraná.
Pelo projeto, a Nova Ferroeste cortará 41 municípios paranaenses e nove do Mato Grosso do Sul. O investimento será de R$ 29,4 bilhões. As audiências públicas sobre o projeto em todas as regiões do estado estão previstas para o início do próximo ano. A Nova Ferroeste deve ir a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo no segundo trimestre de 2022, e quem vencer vai executar a obra e explorar o trecho por 70 anos.
(Com informações da Agência Estadual de Notícias)
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