Porto Seco de Foz do Iguaçu vê crescer em 56% volume de caminhões com impulso da Argentina

Movimento maior decorre das importações do país vizinho; explicação podem ser as dificuldades de operação no Rio Grande do Sul devido às enchentes.


O Porto Seco de Foz do Iguaçu registrou a passagem de 15.588 caminhões com importações da Argentina de janeiro a maio – ante 11.741 no mesmo período, em 2023. Conforme a Receita Federal do Brasil (RFB), o volume é um aumento significativo.

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Apenas em maio, registra o órgão, ingressaram no recinto aduaneiro 4.022 caminhões com itens de importação provenientes do país vizinho. Nos cinco primeiros meses do ano, houve um aumento de 3.847 carretas, comparado com os mesmos meses do ano passado.

“Isso representa um crescimento de aproximadamente 33%”, expõe. “Já no mês de maio, especificamente, houve um acréscimo de 1.452 caminhões em comparação com maio do ano anterior, resultando em um aumento de 56,52%”, completa a RFB.

Para Receita Federal, uma das explicações da elevação do fluxo, considerada abrupta, seriam as enchentes no estado do Rio Grande do Sul, que tem pontos de fronteira para a entrada no Brasil de importações da Argentina.

“E os eventos climáticos trouxeram dificuldades na operação de determinadas empresas por aqueles pontos de fronteira”, analisa. “Com isso, Foz do Iguaçu acabou sendo uma espécie de válvula de escape para essas operações”, avalia.

A instituição argumenta que, para fazer frente a essa demanda maior de serviços aduaneiros, a alfândega vem adotando medidas para reduzir os impactos negativos dessa sobrecarga. “Dessa forma, acredita-se que em até duas semanas a situação da operação do Porto Seco de Foz esteja normalizada”, registra a Receita Federal.

Caminhões

O movimento de cargas internacionais tem gerado filas e elevado o tempo de espera para as liberações na fronteira. Além de transtornos para caminhoneiros e impacto no trânsito fronteiriço, cargas paradas representam maior custo logístico, o que pode elevar o valor dos produtos ao consumidor.

Tabelas da Receita Federal de movimentação de cargas:

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