Falta de contêineres no mundo e secas nos rios, que restringiram o escoamento por via fluvial, explicam a alta, diz operadora logística.
Maior da América Latina em volume de cargas, o Porto Seco de Foz do Iguaçu atingiu recorde histórico de movimentação de veículos em outubro. No mês, passaram pelo terminal aduaneiro 21,5 mil caminhões, sendo 12,6 mil de importação e putros 8,9 mil voltados para a exportação.
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A Multilog, operadora logística do porto iguaçuense, explica a alta pelo seguinte:
- Aquecimento do transporte rodoviário por causa da falta de contêineres no mundo; e
- Secas nos rios que restringiram escoamento de cargas pela via fluvial.
No mundo inteiro, há no momento o que está sendo chamado uma “crise dos contêineres”, encarecendo o frete matítimo internacional. Já as secas dos rios da região, principalmente no Rio Paraná, grande parte do escoamento das exportações do Paraguai passaram a utilizar o Porto Seco de Foz do Iguaçu para seguir caminho até os países de destino. Em condições de navegabilidade favoráveis, esse movimento era feito por navios que saíam da Argentina.
O Porto Seco iguaçuense tem uma localização geográfica estratégica, na fronteira da Argentina, Brasil e Paraguai, com um grande volume de importação e exportação. O comércio internacional é fluído pelas pontes internacionais da Amizade (Foz do Iguaçu-Ciudad del Este) e Tancredo Neves (Foz do Iguaçu-Puerto Iguazú).
Segundo a Multilog, a empresa realizou mudanças durante a pandemia para agilizar as operações. Entre os procedimentos, estão a “automatização das senhas de exportação e liberações através da plataforma Genius para o regime de importação”, afirma o gerente-geral de Operações de Fronteiras da empresa, Francisco Damilano.
Por conta da falta de chuvas, a operadora logística participou, recentemente, do primeiro trânsito aduaneiro multimodal realizado no Brasil. A operação foi feita pela Receita Federal do Brasil, que autorizou o transporte de farelo de soja por via terrestre.
Essa carga entrou nos Portos Secos de Foz do Iguaçu e de Cascavel, e seguiu por trem até o Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná. De lá, foi embarcada em navios para exportação em direção a países da Europa.
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