O Porto Seco de Foz do Iguaçu superou o próprio recorde com o movimento de US$ 8,6 bilhões em 2024. O balanço é da Receita Federal do Brasil, responsável pelo fluxo aduaneiro, divulgado nesta quarta-feira, 29.
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A cifra corresponde a 5.622.542.391,78 toneladas de produtos e mercadorias que passaram pelo recinto na fronteira. O valores superam em 129,52% o total do peso e em 29,11% o montante da corrente do comércio exterior em relação ao ano anterior, conforme a RFB.
O movimento assentado no comércio exterior está distribuído da seguinte forma:
- 2.508.391.589,06 toneladas de produtos exportados: US$ 4,2 bilhões;
- 3.114.150.802,72 toneladas de produtos importados: US$ 4,3 bilhões.
Na avaliação da RFB, os números reforçam o status do Porto Seco de mais importante centro logístico de comércio exterior para operações realizadas por via rodoviária da América Latina. O recinto está localizado na fronteira do Brasil com a Argentina e o Paraguai.
196 mil veículos
No ano, passaram 196.599 caminhões no Porto Seco de Foz do Iguaçu. O fluxo com o Paraguai foi de 151.723 veículos de carga, 77,17% do total, sendo 73.809 caminhões na exportação e 77.914 caminhões na importação.
Já com a Argentina, a unidade contabilizou 9.234 caminhões na exportação e 35.642 caminhões na importação. O total de carretas foi de 44.876, representando 22,82% do total de despachos.
Com resultado, tem-se:
- importações: 57,76% do fluxo de caminhões;
- exportações: 42,24%.
“O Porto Seco de Foz do Iguaçu reafirma sua liderança como um dos maiores da América Latina em movimentação de veículos e valores comercializados”, sublinha a Receia Federal. Em 2024, houve aumento de 11,65% no número de caminhões liberados em relação ao ano anterior.
Os quadros abaixo demonstram o movimento e os países de destino e origem:
Mercadorias: exportação e importação
Em 2024, os principais gêneros exportados para o Paraguai foram cimento, fertilizantes, adubos e maquinário agrícola. A Argentina recebeu veículos automotivos, peças e madeira.
Em se tratando de importação, os principais itens foram:
Do Paraguai:
- grãos (arroz, trigo, milho e soja);
- carne;
- aparas de ferro; e
- têxtil.
Da Argentina:
- peixes;
- frutas;
- alhos;
- azeitonas;
- feijão;
- farinha de trigo; e
- celulose.
Porto Seco de Foz
O recinto aduaneiro é um dos maiores portos secos da América Latina. Possui sistema integrado com o Siscomex, com os órgãos anuentes e com a cadeia logística, agilizando a liberação de cargas rodoviárias. É o único do Brasil a oferecer operação noturna de grãos a granel e conta com localização estratégica nas Três Fronteiras.
O novo Porto Seco de Foz do Iguaçu será construído com investimento previsto de R$ 500 milhões. A licitação da Receita Federal foi vencida pela Multilog, que já opera a atual unidade na fronteira.
O projeto prevê dobrar e modernizar a movimentação de cargas, além de fortalecer a região trinacional como polo logístico na América do Sul, mas a edificação ainda não começou a ser construída. A RFB apontou atrasos em licenças e prevê o começo do projeto neste semestre.