Pandemia faz disparar número de famílias iguaçuenses em situação de extrema pobreza e de pobreza

Mais de 27 mil iguaçuenses viveriam com uma renda mensal de até R$89, não fosse algum tipo de ajuda. Em pouco mais de um ano, o aumento foi de 43,3% de pessoas nessa faixa de renda.

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Dados do Cadastro Único e do Bolsa Família traduzem queda na renda de milhares de lares do município.

Enquanto alguns podem gastar R$ 89 em apenas uma única refeição, muitos precisam fazer esse dinheiro durar o mês inteiro.  Essa é renda mensal de 27 mil moradores de Foz do Iguaçu, que dependem de ajuda do governo ou outros tipos de auxílio para amenizar a miséria.

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Eles fazem parte das 10.734 famílias da cidade que aparecem no nível considerado de extrema pobreza – a mais baixa das quatro faixas de renda do Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal, porta de entrada para programas assistenciais como o Bolsa Família.

Antes da pandemia eram pouco mais 7 mil famílias, que totalizavam 19 mil moradores.

 

Em situação de pobreza, o aumento do número de famílias também foi substancial no período: 17,9%.

Bolsa Família

Um reflexo desse momento está no Programa Bolsa Família, que teve um aumento de espantosos 43% no número de famílias beneficiárias. Atualmente ele tem sido repassado para quem está em situação de extrema pobreza e situação de pobreza.

No Bolsa Família, o valor do benefício pode variar de acordo com o número de pessoas, idades, presença de gestantes ou não, e também com a renda da família beneficiária. O benefício básico (R$89) é pago às famílias em situação de extrema pobreza, e o benefício variável (R$41) para as famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza que tenham em sua composição gestantes, mães que amamentam, crianças e adolescentes de 0 a 15 anos. Cada família pode acumular até cinco benefícios, totalizando R$205.

Recorde no Cadastro Único

Dentro das quatro faixas do CadÚnico (que contempla contempla famílias com renda per capita de até meio salário mínimo ou renda mensal total de até três salários), em pouco mais de um ano, o número de famílias iguaçuenses inscritas aumentou 23% e chegou a 40.085 lares, o maior número na série histórica iniciada em maio de 2014.

Importante destacar que das 40.085 famílias inscritas no Cadastro Único, destas 14.155 recebem Bolsa Família por estarem em extrema pobreza e na linha de pobreza. As demais, que também estão dentro da linha de corte da vulnerabilidade, têm direito a uma variável do Bolsa Família, porém não recebem o benefício.

 

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