Elevação da moeda no primeiro dia útil de 2022 é atribuída a fatores do país e do ambiente externo.
O “pessimismo” do mercado financeiro, por conta de fatores de âmbito nacional e externos, empurrou o dólar para a maior alta diária em dois meses, nessa segunda-feira, 3, conforme especialistas do setor. O contexto também influenciou a Bolsa de Valores.
Na fronteira trinacional em que está inserida Foz do Iguaçu, a cotação da moeda estadunidense impacta no preço dos produtos comercializados em dólar. Esse reflexo ocorre principalmente na vizinha Ciudad del Este (Paraguai), grande centro de produtos importados.
O primeiro dia útil de 2022 terminou com o dólar comercial sendo vendido a R$ 5,663, alta de R$ 0,087 (+1,56%), relatou a Agência Brasil (ABr). Em percentuais, foi a maior valorização para um dia desde 21 de outubro, quando a cotação tinha subido 1,9%.
“No mercado doméstico, as expectativas com o aumento de gastos públicos continuaram a influenciar as negociações”, informou a ABr. A prorrogação da desoneração da folha de pagamento para diversos setores da economia influenciou na alta.
Essa medida, sancionada pelo presidente da República sem especificar a fonte de receitas ou o corte de gastos, foi “mal recebida pelos investidores”, anotou a agência púbica de informação. Some-se a isso a ameaça de greve de diversas categorias do serviço público por reajuste.
“No exterior, o dólar teve um dia de alta global, com a perspectiva de aumento de juros nos Estados Unidos”, disse a Agência Brasil. O Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) informou que pretende aumentar os juros básicos pelo menos três vezes em 2022.
“Taxas mais altas estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil”, apontou a ABr. Os Estados Unidos detêm a maior economia do planeta e suas medidas interferem nos mercados e setores econômicos em todo o mundo.
(Com informações da Agência Brasil)
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