No dia em que Itaipu comemora 37 anos de operação (a usina começou a gerar energia em 5 de maio de 1984), o diretor-geral brasileiro, general João Francisco Ferreira, divulgou artigo no qual afirma que trabalhará para que, já em 2022, a tarifa de energia da binacional possa ter uma redução.
Ele lembra que, em 2023, quando o Tratado de Itaipu completará 50 anos, o Anexo C, que trata das bases financeiras da prestação dos serviços de eletricidade, poderá ser revisto pelas altas partes contratantes da usina, isto é, os governos do Brasil e do Paraguai.
As dívidas contraídas para a construção da usina estarão praticamente quitadas, em 2023. “Com isso, a tarifa de Itaipu não terá mais entre seus custos o valor desses empréstimos, que correspondem a cerca de 70% do orçamento binacional da usina”, diz Ferreira.
“Com a quitação, os recursos que permanecerem serão, portanto, aqueles utilizados para o custeio, o pagamento das obrigações em royalties, sem que nenhuma das margens, brasileira e paraguaia, sofra qualquer perda. E os recursos para obras em benefício direto da população regional continuarão preservados.”
Mesmo com tarifa mais baixa, Itaipu continuará investindo “na atualização tecnológica da usina, na preservação do meio ambiente e nas obras estruturantes, que possam cooperar com o desenvolvimento social e econômico de toda a região”, afirma.
As obras estruturantes, como a Ponte da Integração Brasil-Paraguai, a Perimetral Leste e a ampliação e modernização do aeroporto internacional de Foz, entre outras, foram iniciadas na gestão do general Joaquim Silva e Luna, que decidiu investir num legado da usina por não conseguir, como ele próprio informou, a redução na tarifa, como pretendia inicialmente.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Nos 37 anos de operação, Itaipu atingiu a produção acumulada de 2,8 bilhões de megawatts-hora, suficientes para iluminar o mundo inteiro por 45 dias.
Essa produção veio acompanhada “de um cuidadoso trabalho de preservação e recuperação do meio ambiente, com reconhecimento internacional”, diz o diretor-geral brasileiro.
Quando assumiu, no dia 7 de abril deste ano, João Francisco Ferreira conta que tinha “a exata noção de que esta usina é mais do que um empreendimento do setor elétrico: é sinônimo de progresso, de desenvolvimento e de responsabilidade social, tanto no Brasil como no Paraguai”.
“E esta responsabilidade social inclui a redução do custo da energia de Itaipu, para que brasileiros e paraguaios paguem menos na conta de luz”, conclui o diretor-geral brasileiro.
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