A diretoria brasileira de Itaipu recebeu, na manhã dessa quarta-feira (4), representantes do consórcio liderado pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), de São Paulo, que está testando um modelo de usina fotovoltaica (solar) flutuante na represa Billings, em São Paulo.
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O objetivo da exposição foi avaliar a possibilidade de que um projeto similar seja aplicado nas águas do lago de Itaipu.
No sistema em questão, as placas solares são instaladas em formato de ilhas, cobrindo parte do espelho d’água. Cálculos iniciais feitos por Itaipu indicam que, com o uso de apenas 1% do reservatório da hidrelétrica, seria possível gerar energia suficiente para abastecer uma cidade com 500 mil habitantes.
Segundo o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, por conta do Tratado de Itaipu, a empresa ainda não pode implantar novas formas de geração de energia além da hidrelétrica, mas é importante participar de reuniões como essa para conhecer as possibilidades do setor.
“Não está no Tratado, mas é uma oportunidade que não podemos deixar de debater. Num futuro, em comum acordo com nossos sócios paraguaios, talvez possamos implantar um sistema desses em nosso reservatório, gerando ainda mais energia limpa, barata e renovável”, destacou Verri, citado pela assessoria.
O ano de 2023 marca, justamente, as conversações entre Brasil e Paraguai para a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que define as bases financeiras para o funcionamento da usina. O ambiente é considerado favorável para a atualização de outros pontos de interesse mútuo entre os dois países.
O sistema demonstrado pela Emae e parceiros já está ativo em outros países, como a França, onde superfícies de águas calmas, como lagos e lagoas, são usadas para a produção complementar de energia.
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