Na oitava elevação seguida, crédito, emprego atual e consumo explicam a alta; patamar está quase no mesmo nível pré-pandemia.
Em ascensão desde julho do ano passado, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Paraná segue subindo. Em fevereiro, houve novo crescimento do indicador, que atingiu 103,3 pontos – variação mensal de 1,7%.
Trata-se da maior pontuação desde abril de 2020, quando registrava 109,3 pontos, e é a oitava elevação consecutiva. Os dados fazem parte da pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio Paraná).
Com a melhora do indicador, considerada “ótima” pelas entidades realizadoras do estudo, a intenção de consumo das famílias paranaenses quase alcança o padrão anterior à pandemia. “O índice paranaense está bastante acima da média nacional, que é de 77,6 pontos”, relata a Fecomércio Paraná.
Segundo a pesquisa, os fatores mais decisivos para a alta mensal foram:
- acesso ao crédito (5,1%);
- emprego atual (4,4%);
- nível de consumo atual (3,8%); e
- perspectiva de consumo (3,3%).
“A Perspectiva Profissional também mostrou crescimento de 2,1%, e a Renda Atual teve elevação de 0,8%”, destaca a Fecomércio. Apenas a opinião dos consumidores sobre momento para compra de bens duráveis caiu 9,4% em relação a janeiro e 21,3% na comparação com fevereiro de 2021.
Essa queda é resultado das “consecutivas altas nos juros, uma vez que os bens duráveis, tais como veículos, eletrodomésticos ou eletrônicos”, analisam os pesquisadores. Esses itens são de maior valor e muitas vezes demandam parcelamento ou financiamento, detalham.
Por renda
Entre famílias de menor renda, a intenção de consumo está em 101 pontos e cresceu 2,4% ante janeiro. Nos grupos familiares de maior renda, o indicador ICF caiu 1,3% na variação mensal, totalizando 114,1 pontos.
“Nas famílias com renda até 10 salários mínimos, o único quesito em queda foi o Momento para Duráveis, que apresentou baixa de 8,4% em relação a janeiro”, mostra o ICF da CNC/Fecomércio. Na faixa de renda mais alta, fatores pesaram desfavoravelmente.
“A Perspectiva Profissional caiu 2,9%; a Renda Atual baixou 1,1%; o Nível de Consumo Atual teve diminuição de 0,9% na variação mensal”, retrata a federação paranaense. Outro quesito é o momento para duráveis, que encolheu 13,4%.
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