Entre os endividados, cartão de crédito é o vilão; veja dicas de educação financeira para organizar as contas e até poupar.
O índice de famílias paranaenses com contas em atraso caiu 20,6% em setembro, sendo o menor patamar desde setembro de 2013, quando alcançou 20,3%. Somente 7,4% de famílias estão sem condições de pagar as contas, contra os 6,7% aferidos em agosto de 2013.
Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). Esse levantamento é feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
Além de melhores condições para quitar seus débitos, a população está evitando novas dívidas. O endividamento sofreu redução pelo segundo mês consecutivo: 89,3% das famílias possuíam algum tipo de dívida em setembro; em agosto, eram 90,2%.
Essa projeção vai na contramão do cenário nacional, que chegou ao maior nível de endividamento de toda a série histórica da pesquisa, segundo a Fecomércio Paraná.
Outros resultados da pesquisa sobre endividamento e inadimplência do consumidor do Paraná:
• redução do endividamento no Paraná com forte concentração nas famílias com renda de até dez salários mínimos;
• famílias de maior renda se endividaram mais;
• todas as classes econômicas estão pagando suas dívidas com mais facilidade. Destaque para as classes C, D e E, em que as famílias com contas em atraso baixaram de 25,1% para 23%;
• o cartão de crédito é o grande vilão na maior parte das dívidas, com 73,6%. O financiamento de veículo correspondeu a 12% do endividamento em setembro; e o financiamento imobiliário, a 9,6%.
Dicas financeiras
A manutenção das contas em dia é um alívio para as pessoas e para a economia, pois vincula-se diretamente ao poder de compra da população. Em entrevista no programa Marco Zero, do H2FOZ e da Rádio Clube FM, o especialista Rodrigo Silva afirmou que educação financeira é “gerir de forma sábia aquilo que você ganha”.
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Na entrevista, ele deu dicas para a organização das finanças pessoais, colocando as contas em dia e até fazendo uma poupança, indiferentemente do ganho. São elas:
- até 30% de comprometimento da renda com parcelamento: é uma regra para não se endividar;
- 45% dos rendimentos para a manutenção e sobrevivência: alimentação, água, luz, aluguel etc.; e
- 25% do que se ganha é para poupar.
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