Gasolina sobe de preço pela segunda vez no ano, em menos de 10 dias

Diesel também teve aumento nas refinarias, em meio a rumores de greve dos caminhoneiros.

Diesel também teve aumento nas refinarias, em meio a rumores de greve dos caminhoneiros.

Nessa quarta-feira, 27, os preços da gasolina e do diesel cobrados nas refinarias tiveram aumento. Conforme os novos valores informados pela Petrobras, o preço médio da gasolina subiu R$ 0,10, passando a R$ 2,08 o litro – reajuste de 5,05%. O diesel foi reajustado em 0,44%, custando R$ 2,12, o que representa alta pouco abaixo de 5%.

No caso da gasolina, foi o segundo aumento neste ano, em um período inferior a dez dias. No último dia 19, o preço médio do litro vendido nas refinarias subiu R$ 0,15, um acréscimo de 7,6% ao valor de R$ 1,84 que vinha sendo praticado até então.

A Petrobras sustenta que o custo do combustível é baseado na chamada paridade de importação, sendo influenciado por fatores como o valor do petróleo no mercado internacional e as taxas de câmbio. Segundo a empresa, o repasse do reajuste nas refinarias ao consumidor, nas bombas dos postos, não é automático.

“Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos próprios postos revendedores de combustíveis”, relatou em nota.

O reajuste do diesel, por sua vez, ocorre em um momento em que há fortes rumores sobre uma possível greve nacional dos caminhoneiros. Nessa quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez um apelo para que a paralisação não se concretize, e abordou o novo aumento do combustível usado em caminhões de carga.

“A Petrobras segue uma planilha, tem a ver com preço do petróleo lá fora, tem a ver com variação do dólar. Estamos estudando medidas. Agora não tenho como dar uma resposta de como diminuir impacto, que, na verdade, foram nove centavos no preço do diesel”, disse à Agência Brasil, além de afirmar que não interfere na política de preços da empresa.

“Não é culpa dos postos”

No Paraná, o Sindicombustível mantém a campanha pública denominada “A culpa não é dos postos”, que traz dados sobre a composição dos preços da gasolina no estado. “A entidade esclarece que a maior parte do valor pago pelo litro do combustível é consumida por impostos, estaduais e federais”, enfatizou.

Conforme o sindicato dos postos de combustíveis, o preço da gasolina no estado tem a seguinte composição (*):

– impostos federais e estatuais: 45,52%;

– refinarias da Petrobras: 32,67%;

– etanol adicionado: 12,55%; e

– postos e distribuidoras: 9,26% (custos operacionais e margem de lucro).

* Com base no preço médio da gasolina, a partir de pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), referente a março de 2019.

Vc lê o H2 diariamente? Assine o portal e ajude a fortalecer o jornalismo!
LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.