A inflação de alimentos em Foz do Iguaçu registrou alta de 0,56%, no mês de março, na contramão da queda de -0,04% do índice no Paraná. A cidade fronteiriça teve a maior alta entre as cidades pesquisadas.
No acumulado dos últimos doze meses, Foz do Iguaçu soma 7,95% de aumento no preço de alimentos e bebidas, abrangendo de abril de 2022 a março deste ano. No estado, esse indicador também é menor: 7,57%.
Os dados são do Índice de Preços Regional do Paraná – Alimentos e Bebidas, calculado todo mês pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O órgão é vinculado à gestão estadual.
Em março, três cidades paranaenses tiveram redução no índice, sendo Cascavel (-0,48%), Curitiba (-0,44%) e Maringá (0,09%). O aumento da inflação de alimentos foi em Foz do Iguaçu (0,56%), Londrina (0,12%) e Ponta Grossa (0,07%).
No terceiro mês do ano, a banana puxou os preços dos gêneros alimentícios nos estabelecimentos iguaçuenses. Entre os itens que tiveram queda, a bata foi o destaque, revela o Ipardes, sendo:
Aumentos:
- banana-caturra (kg): 26,63
- ovos de galinha (dúzia): 17,27
- tomate (kg): 14,63
Quedas:
- batata-inglesa (kg): -17,68
- baçã (kg): -13,35
- queijo muçarela (kg): -7,14
Queda da inflação no Paraná
O Ipardes chama a atenção para continuidade da trajetória queda da inflação de alimentos no Paraná, considerada expressiva. Essa tendência começou no segundo semestre do ano passado, em continuidade.
“O IPR acumula aumento de apenas 0,4% nos três primeiros meses deste ano”, diz o diretor de Estatística do Ipardes, Daniel Nojima. “A título de comparação, no mesmo intervalo do ano passado, o IPR havia acumulado uma inflação de 7,4%”, expõe.
Esse movimento de alta, superado neste começo de ano, obedecia a um contexto geral de aumento de preços de toda economia nacional. Esse cenário também estava vinculado à conjuntura internacional, explica.
Clique para acesso o levantamento do Ipardes.
Desaceleração no Brasil
A inflação desacelerou para todas as faixas de renda em março, no Brasil, em que as famílias de baixa renda foram mais beneficiadas. A constatação é da pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Conforme o estudo, a inflação para as famílias de renda muito baixa somou 0,53% em março. A maior taxa ficou com as famílias de renda média-alta, com 0,81%.
“Em relação a março de 2022, houve forte desaceleração para todas as classes sociais”, expõe o Ipea. “Mas a redução foi mais intensa para as famílias de menor poder aquisitivo”, conclui.
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