Itaipu Binacional deverá fechar o ano de 2023 com mais de 82 milhões de megawatts-hora (MWh) produzidos, marca 18% superior à geração de 2022. É o que projeta o diretor-técnico brasileiro da hidrelétrica do Rio Paraná, Renato Sacramento.
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Segundo Sacramento, um dos fatores que contribuem para a produtividade é a disponibilidade de água no reservatório da usina, que precisou, em inúmeras oportunidades, abrir o vertedouro para escoar o excedente. Para 2024, a previsão é de continuidade do cenário hídrico favorável.
“A usina seguirá atendendo as necessidades dos sistemas interligados, não só fornecendo energia limpa e renovável aos dois países sócios do empreendimento, mas também contribuindo como uma espécie de ‘bombeiro’ do sistema, atuando para compensar a variabilidade na geração das fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica”, afirma Sacramento, citado pela assessoria da entidade.
A título de comparação, os 82 milhões de MWh de 2023 seriam suficientes para abastecer o mundo todo por cerca de um dia; o Brasil, por um mês e 19 dias; o Paraguai, por quatro anos, um mês e 24 dias; ou o estado do Paraná, por dois anos, quatro meses e dois dias.
Demanda
Além da disponibilidade de água, o aumento na geração está associado a uma maior demanda dos sistemas. Itaipu informa que, em 2023, foram estabelecidos novos recordes de demanda média diária e instantânea no Sistema Interligado Nacional (SIN-BR), ultrapassando pela primeira vez a marca dos cem mil megawatts.
Ao mesmo tempo, o Sistema Elétrico Paraguaio (SIN-PY) também estabeleceu recordes, com o envio de energia de Itaipu ao Paraguai alcançando o maior volume já registrado. Em 2023, a usina respondeu por cerca de 88% da eletricidade consumida no Paraguai e 10% da demanda do Brasil.
Ano a ano
2022: 69,9 milhões de MWh.
2021: 66,4 milhões de MWh.
2020: 76,4 milhões de MWh.
2019: 79,5 milhões de MWh.
Projeção para 2023: 82 milhões de MWh.
Produção recorde – 2016: 103,1 milhões de MWh.
(Com informações de Itaipu Binacional)
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