Empresários cobram solução da prefeitura para Distrito Industrial

“Não sou bandido”, desabafou fabricante de peças; relatos incluem problemas judiciais e reivindicações quanto a prazos e número de empregos.

Empresários lotaram audiência pública para cobrar da prefeitura solução definitiva a problemas do Distrito Industrial de Foz do Iguaçu. A plenária foi promovida pela Câmara de Vereadores nessa terça-feira, 3.

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Foram discutidas as circunstâncias do Termo de Ajuste de Conduta firmado entre a administração e empresários. A principal reivindicação dos empreendedores é quanto a requisitos referente à área construída e à geração de empregos no prazo.

Na audiência pública, foram questionadas ações judiciais e problemas enfrentados por quem adquiriu área e sofreu problemas financeiros durante a pandemia de covid-19. A prefeitura aponta como medida um novo projeto de lei.

O vereador Marcio Rosa (PSD) foi o autor da sessão, a fim de destravar a economia e promover a criação de novos postos de trabalho. “Precisamos que o município tenha planejamento de verdade e não apenas jogar as pessoas em um lugar”, frisou.

O secretário municipal de Desenvolvimento Comercial, Industrial e Agropecuário, Vilmar Andreola, apresentou o novo projeto que deverá ser encaminhado para o Legislativo votar. Foi definida a criação de comissão para acompanhar a matéria.

“É uma lei com teor totalmente diferente da anterior, com tudo muito bem estudado e elaborado”, disse Vilmar. A norma, apontou, vai “no sentido de atender às necessidades e desenvolver o Distrito Industrial”, concluiu o secretário de Chico Brasileiro.

Distrito Industrial

O empresário Osmar Marafon contou que adquiriu terreno de cinco mil metros, entre 2011 e 2012, passou a enfrentar problemas na pandemia, mas é proibido de vender a área. “As coisas começaram a apertar, comecei a fazer empréstimo”, reportou.

“E um dos empréstimos eu coloquei no meu empreendimento como garantia”, continuou. “E agora estou passando por um momento difícil. Estou perdendo a minha empresa, estou perdendo o terreno”, lamentou Osmar, pedindo apoio.

Já o João Carlos denunciou que recebeu ordem judicial, mas não teve direito de defesa, alegou. “Doze anos atrás, comprei o terreno e paguei, tenho escritura, tenho registro, tenho a minha obra construída”, elencou.

Ele possuiu vários funcionários, contabilizou o empreendedor, que faz peças para máquinas agrícolas. “Eu não sou bandido, não sou ladrão, só quero trabalhar, e simplesmente eu não sei o motivo que causou prejuízo à prefeitura”, desabafou.

(Com informações da Câmara de Vereadores)

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