Levantamento indica que perda de empregos no setor, incluindo hospedagem, é crescente. Pedido é para abrir estabelecimentos com protocolos sanitários.
Empresários de bares e restaurantes de Foz do Iguaçu reuniram-se com vereadores nessa quinta-feira, 27, na Associação Comercial e Empresarial (ACIFI), para solicitar apoio da Câmara. Eles pedem para manter seus estabelecimentos abertos, seguindo protocolos sanitários, sem limitações de decretos restritivos.
Afirmam que estão no limite financeiro e que se nada for feito haverá quebradeira de empresas e aumento nas demissões. Os proprietários de bares e restaurantes dizem que enfrentam, há mais de um ano, as restrições de funcionamento, agravadas com as medidas restritivas nos fins de semana, sem que a prefeitura apresente estudo técnico sobre a incidência e transmissão de covid-19 no segmento.
“Queremos o direito de poder trabalhar. Chegamos ao limite, não temos onde buscar recursos”, declarou o empresário Nevio Rafagnin Junior. Segundo ele, bares e restaurantes fizeram investimentos e treinamentos exigidos pelo poder público para operar mediante protocolos sanitários, que agora não são considerados pelo município.
Presente ao encontro, o presidente da Câmara Municipal, Ney Patrício (PSD), disse que a pauta será analisada pelas comissões permanentes de Turismo e Saúde. “Se necessário, vamos propor medida legislativa junto ao Executivo com os subsídios retirados dessa reunião”, comprometeu-se.
Presidente da ACIFI, Faisal Ismail enfatizou que os empresários sofrem há mais de um ano com os reflexos da pandemia. “São empréstimos que geram endividamento, restrições e lockdown que estão matando as empresas e os empregos. Queremos trabalhar e gerar emprego”, pontuou.
Gastronomia e hospedagem agonizam
A crise no setor é tema recorrente das reivindicações do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, que divulgou nessa quinta-feira uma análise a partir dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), da Secretaria do Trabalho, pasta vinculada ao Ministério da Economia.
O estudo (veja a tabela, abaixo) mostra que os setores de alojamento e alimentação, em abril, amargaram a perda de 389 postos de trabalho. No balanço geral, Foz do Iguaçu teve a extinção de 171 vagas. Constatação: a empregabilidade na gastronomia e hospedagem é a mais prejudicada pela pandemia.
“Não queremos privilégios ou tratamento diferenciado. Só queremos abrir os estabelecimentos nos mesmos horários e dias dos demais setores da nossa economia”, reivindicou o presidente do Sindhotéis, Neuso Rafagnin. Ele recorre aos números para sustentar a sua afirmação, mostrando crescente desemprego nesses setores.
No primeiro quadrimestre deste ano, são 851 postos de trabalho com carteira assinada fechados no setor, aponta estudo da assessoria do Sindhotéis. A entidade já apresentou e reiterou, ao prefeito Chico Brasileiro e ao governador Ratinho Junior, medidas de socorro ao segmento, as quais vêm sendo ignoradas, segundo o sindicato que representa bares, restaurantes, lanchonetes, hotéis e pousadas em Foz.
Comentários estão fechados.