O avião é da Wega Aircraft, que fez seu voo de apresentação na segunda-feira, 11, no base aérea de Luque.
Poucos sabem, mas o Brasil é um “celeiro” de fabricantes de pequenos aviões, helicópteros e drones. Isso, sem contar a Embraer, a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo, atrás apenas da Airbus e Boeing.
Veja algumas: Octans Aircraft, que desde 2022 já entregou 240 aviões e, agora, desenvolve um monomotor para cinco ocupantes; Scoda Aeronáutica, fundada em 1997, que atende o mercado brasileiro e já vendeu ara clientes da América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia; Paradise, que em 2010 recebeu o prêmio de empresa do ano na área de aviação, nos Estados Unidos; ACS, que em 2015 fez o voo inaugural do primeiro avião com motor elétrico projetado no Brasil; Helibras, principal fornecedora de helicópteros para as forças armadas.
E por aí vai. São cerca de 20 fábricas. Entre elas, a Wega Aircraft, a primeira com sede em Santa Catarina. Ela fabrica o Wega 180, um monomotor de dois lugares que, graças à sua aerodinâmica, tem desempenho semelhante ao de bimotores, alcançando a velocidade de 300 km por hora.
É deste modelo que a Wega Aircraft produziu o primeiro avião já fabricado no Paraguai e apresentado nesta segunda-feira a autoridades do país, na base aérea de Luque, região metropolitana de Assunção.
FÁBRICA NO PARAGUAI
O ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Luis Alberto Castiglioni, manifestou sua alegria com o fato de que uma indústria aeronáutica brasileira tenha tomado a iniciativa de avaliar fortemente a possibilidade de se instalar no Paraguai.
“Hoje viemos e presenciamos voos de demonstração das aeronaves, como parte de um processo de avaliação e análise concreta (…) de montar uma planta industrial no Paraguai: ‘aviones made in Paraguay'”, disse o ministro.
Ele disse que os aviões são construídos com elementos tecnológicos de última geração, começando pelo próprio material que utilizam, a fibra de carbono.
Explicou que o Paraguai pode dar “um salto impressionante, não apenas construindo partes, mas também construindo aeronaves para uso interno e para exportar”.
O ministro ressaltou que os empresários aeronáuticos brasileiros vieram ao Paraguai considerando que é o local mais adequado para se radicar com seus investimentos, depois de analisar diversos fatores macroeconômicos, financeiros, a estabilidade do sistema e toda a normativa a respeito da segurança dos investimentos.
Paulo Falcão, executivo da Wega Aircraft, disse que a empresa “tem todo o apoio do governo” paraguaio, que mostrou “toda sua eficiência e competência” para que o sonho da fabricação do primeiro avião paraguaio se tornasse realidade.
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