O dólar fechou em baixa no encerramento de junho, vendido oficialmente a R$ 4,80. Mais do que aproveitar o otimismo do mercado no Brasil e no mundo, o último dia do mês marcou o fim de um semestre animador por conta da cotação da moeda.
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De janeiro a junho, o dólar teve a maior queda para os seis primeiros meses do ano desde 2016, registra Agência Brasil (ABr), com recuo de 9,28%. A última queda mais significativa para o mesmo período foi quando o dólar derreteu acima de 18%.
Apenas em junho, o dinheiro estadunidense retrocedeu 5,58%, devido ao contexto doméstico e internacional. No país, o governo federal anunciou a meta oficial de inflação de 3% para 2026, com maior flexibilidade a partir de 2025.
“O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a meta de 3% para daqui a três anos está em linha com as expectativas de mercado”, computou a ABr. Isso mostra responsabilidade do governo em controlar a inflação, enfatizou a agência governamental.
Esse fator contraria analistas do mercado financeiro, que apontavam temeridade quanto às metas inflacionárias. A desconfiança, revertida pela prática, era quanto a alterações agressivas que poderiam levar à perda de credibilidade da política econômica. Não foi assim.
No plano internacional, indicadores da economia dos Estados Unidos mostraram que inflação e gastos dos consumidores foram menores do que o esperado. Esses fatores “reduziram a pressão sobre o dólar que afetou os mercados globais nos últimos dias”, observou a ABr.
A tendência de queda deve manter-se até o fim de 2023, projeta o E-Investidor, que consultou dez corretoras e bancos. As operadoras estimam que o dólar será mantido abaixo dos R$ 5, mesmo com variantes nacionais e internacionais. Serão “patamares de câmbio inferiores aos dos anos anteriores”, anotou a XP, em texto do E-Investidor.
Dólar e as Três Fronteiras
O patamar de queda do dólar embala a economia e causa otimismo nas Três Fronteiras, que tem a economia diretamente vinculada ao câmbio internacional. A divisa opera sobre o comércio de importados, o que influencia o turismo. Simples assim.
Em Foz do Iguaçu, no Brasil, e em Puerto Iguazú, na Argentina, free shops oferecem ampla variedade de importados, de marcas mundiais, com isenção de impostos. Já Ciudad del Este é um centro internacional de compras, que atrai pessoas de todas as partes.
A atratividade de visitantes pelo comércio na vizinha paraguaia é medida com projeções do matemático iguaçuense Luiz Carlos Kossar. Sustenta ele que os turistas da fronteira chegam a gastar até 70% de suas receitas da viagem do outro lado da Ponte da Amizade.
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