Em Foz do Iguaçu, a moeda estrangeira foi comercializada a R$ 5,20.
O dólar disparou e chegou perto dos R$ 5 na cotação oficial dessa terça-feira, 26. A alta foi em dia de instabilidade no mercado internacional e obrigou o Banco Central (BC) a intervir no câmbio, o que não estancou a disparada.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,991, uma alta de R$ 0,115 (+2,36%). Para evitar que a divisa superasse os R$ 5, o BC precisou fazer leilão extra de US$ 500 milhões em contratos cambiais. Nos três últimos dias, a moeda estadunidense acumula alta de 8%.
Em Foz do Iguaçu, casas de câmbio venderam o dólar a R$ 5,20. A moeda tem relação direta com a economia da fronteira, impactando principalmente no turismo e nas compras de produtos importados em shoppings e lojas francas.
Especialistas atribuem a instabilidade do mercado financeiro a dois fatores principais, sendo o aumento no número de casos de covid-19 na China, que gera expectativas de desaceleração da segunda maior economia do planeta. O país adota medidas restritivas de contenção da doença.
“Isso acarreta a queda no preço das commodities (bens primários com cotação internacional), muitas delas exportadas pelo Brasil”, informa a Agência Brasil (ABr).
O segundo componente tem a ver com o risco de aumento de juros básico na economia dos Estados Unidos acima do previsto. “Juros mais altos nos Estados Unidos estimulam a fuga de capitais de países emergentes”, explica a ABr.
O país pode elevar a taxa na busca de conter a inflação, que está no maior nível em 40 anos, de acordo com a agência pública de informações do Brasil.
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