Já em vigor, custo de 100 quilowatts-hora passa de R$ 9,49 para R$ 14,20 com nova bandeira tarifária.
A conta de energia elétrica está mais cara para o consumidor brasileiro. Já está em vigor a nova taxa extra na fatura, denominada de bandeira de escassez hídrica, que acresce em R$ 14,20 para cada 100 quilowatts-hora (KWh) consumidos. Esse gatilho, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), valerá até abril do ano que vem.
O novo fator que incide no custo da conta de luz é mais de 50% acima da bandeira vermelha em patamar 2 (R$ 9,49), a mais alta até então, que vinha sendo cobrada na fatura. A medida é atribuída à crise hídrica que afeta o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, reduzindo a geração.
O governo federal, que vem sendo criticado pela gestão da crise hídrica, afirma que o país passa pela pior seca em 91 anos. “Com as hidrelétricas operando no limite, é preciso aumentar a geração de energia elétrica por meio de usinas termoelétricas, que têm custo mais alto”, informou a Agência Brasil (ABr), restando a conta a ser paga pelo consumidor.
Sustenta a Aneel que, mesmo com os sucessivos reajustes das bandeiras tarifárias, a arrecadação extra para cobrir o aumento da geração de energia segue insuficiente. “O déficit na conta de bandeiras tarifárias está em R$ 5,2 bilhões. Além disso, o Brasil precisará importar energia de países vizinhos, ao custo de R$ 8,6 bilhões”, noticiou a ABr.
O patamar 2 da bandeira vermelha havia sido criado em junho. Além disso, no Paraná, 4,8 milhões de consumidores da Copel pagam energia com preço reajustado desde 24 de junho, sendo 8,97% para residências e 9,89% no preço médio.
Bandeiras
O sistema de bandeiras nas contas de luz foi instituído em 2015, utilizando as modalidades verde, amarela e vermelha. As cores indicam se haverá cobrança extra ao consumidor devido às condições de geração de eletricidade: com pouca chuva, as termelétricas estão acionadas, o custo sobe, sendo adotada a bandeira amarela ou vermelha. A bandeira é verde quando os reservatórios estão cheios, favoráveis à produção.
Em junho, foi adotada a bandeira vermelha patamar 2. A Aneel havia aberto uma consulta pública sobre essa modalidade de cobrança, que foi encerrada com a recente adoção da bandeira de escassez hídrica.
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