Composto por brasileiros e paraguaios, o Conselho de Administração de Itaipu Binacional definiu, nessa segunda-feira (17), a tarifa da eletricidade produzida pela usina para o exercício de 2023. O valor será de US$ 16,71 (R$ 82,27 na cotação de 18/4) por quilowatt (kW), queda de 19,5% em relação aos US$ 20,75 (R$ 102,09) praticados em 2022.
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A reunião ocorreu por videoconferência, com os conselheiros brasileiros presentes no prédio do Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília, e os conselheiros paraguaios na sede de Itaipu, em Assunção.
De acordo com a assessoria da binacional, houve consenso quanto ao Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (CUSE), que leva em consideração, entre outros componentes, a dívida de construção da usina hidrelétrica, que foi quitada em 28 de fevereiro deste ano, com um pagamento total de US$ 63,5 bilhões.
“A redução da tarifa de Itaipu reflete, portanto, o novo cenário de custos da binacional, beneficiando o consumidor de energia sem prejuízo à qualidade da prestação de serviços de Itaipu, como o fornecimento de energia limpa e renovável para o Brasil e o Paraguai, a manutenção de projetos socioambientais e de investimentos no desenvolvimento sustentável dos dois países”, informa Itaipu em material distribuído à imprensa.
A tarifa é cobrada das entidades compradoras, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) e a Administração Nacional de Eletricidade (Ande), do Paraguai. No Brasil, a tarifa de Itaipu é um dos componentes considerados para definição da tarifa de repasse, aplicada ao consumidor pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“Este acordo representa o respeito mútuo entre Brasil e Paraguai. Chegamos a um consenso binacional, com uma redução significativa, mantendo a capacidade da Itaipu para investimentos sociais, ambientais e em infraestrutura, conforme as diretrizes do governo do presidente Lula”, afirmou o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, citado pela assessoria.
A reunião foi a primeira com a participação dos conselheiros nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês: Alexandre Silveira de Oliveira (Minas e Energia), Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), Rui Costa (Casa Civil) e Michele Caputo Neto.
O ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, também faz parte do conselho, mas não participou do encontro. Ainda falta ser nomeado um conselheiro brasileiro. O órgão é composto por 12 integrantes (seis brasileiros e seis paraguaios), além de um representante da chancelaria de cada país.
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