Após três meses de reduções seguidas, a Petrobras reajustou o preço do querosene de aviação (QAV) em 7,3%, acumulando alta de 48,4% no ano. A informação foi divulgada nessa sexta-feira, 4, mas os novos valores retroagem ao primeiro dia de novembro.
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Pelos cálculos da empresa, em 2022 foram realizados sete aumentos e quatro reduções. Os preços praticados, diz, visam ao “equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio”. Essa política busca mitigar a volatilidade cambial.
A Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) reagiu afirmando, em nota, que o “reajuste no preço do QAV mantém um cenário extremamente difícil para as empresas aéreas”. Conforme a entidade, o combustível representa 40% dos custos totais das empresas.
Pelas contas da associação, o querosene usado nos aviões teve aumento de 58,8% entre 1.º de janeiro e 1.º de novembro. “É urgente a revisão do modelo de precificação do QAV, pois 90% do combustível é produzido aqui, mas pagamos o preço de um produto importado”, frisa o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
O valor do combustível reflete diretamente no custo do bilhete e, por consequência, é um limitador para a ampliação da conexão aérea. Esse cenário tem reflexo para passageiros, empresas e destinos turísticos, caso de Foz do Iguaçu.
A conectividade aérea é considerada uma alavanca para a retomada turística na região pela Gestão Integrada, que une instituições públicas e privadas. O Aeroporto Internacional Cataratas recuperou, até o momento, cerca de 50% dos voos e rotas do período pré-pandemia.
O terminal iguaçuense foi revitalizado recentemente pelo poder público. Em 2021, registrou 948,9 mil passageiros, entre embarques e desembarques, resultado 14,3% acima do ano anterior. Esse número foi comemorado devido às restrições que estavam em vigor pela pandemia.
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