Preço médio do litro do combustível foi de R$ 3,2 para R$ 3,9, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo; veja o custo do produto em Foz.
Está mais caro abastecer veículos com etanol . O preço do combustível acumula aumento de 21,1% desde janeiro, segundo apuração da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O encarecimento está associado à entressafra e ao aumento de demanda.
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Levantamento semanal da agência reguladora mostra que o preço médio do litro de etanol foi de R$ 3,221 para R$ 3,901. A gasolina subiu menos: 14,6% de janeiro a março de 2021, variando seu preço médio de R$ 4,622 para R$ 5,299, de acordo com a agência reguladora.
Segundo a síntese de preços realizadas pela ANP, o custo médio do álcool em Foz do Iguaçu foi de R$ 3,781, na semana entre 28 de fevereiro e 6 março. O preço oscilou de R$ 3,570 a R$ 4,190, com base em pesquisa a 12 postos iguaçuenses de combustíveis.
Estimativas apontam que para resultar em vantagem financeira ao consumidor, o preço do álcool precisa ser, no máximo, 75% do valor da gasolina, devido ao menor rendimento. Esse cálculo pode variar conforme o modelo e o ano e as condições do veículo.
A ANP informou que somente seis estados atingiram essa proporção na primeira semana de março. O Paraná não está nessa lista e, portanto, o preço do etanol excedeu 75% do custo da gasolina comum nesse período.
“Mesmo com o etanol sendo desvantajoso na maioria dos estados, a demanda pelo substituto da gasolina está aumentando”, informou a Agência Brasil (ABr). O serviço público de comunicação cita o Boletim de Monitoramento Covid-19, do Ministério de Minas e Energia.
“O consumo de gasolina em 2021, até 23 de fevereiro, tinha caído 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Em contrapartida, o consumo de etanol hidratado subiu 6,1% na mesma comparação”, relatou a ABR.
O aumento do preço do produto é explicado pela conjugação de dois fatores. Primeiro, pelo aumento da procura pelo produto. O segundo motivo é devido à entressafra cana-de-açúcar, no início de cada ano, encarece o álcool nos primeiros quatro meses.
“Neste ano, porém, a oferta continuará baixa por mais tempo”, informou a agência. É que a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única) informou que a safra deste ano deve atrasar por causa da estiagem no segundo semestre de 2020, em algumas regiões.
“Com menos chuva na primavera, as plantações de cana estão levando mais tempo para se desenvolver, fazendo parte das usinas adiar a colheita que costuma ocorrer no início de abril”, ressaltou a Agência Brasil.
(Com informações da Agência Nacional de Petróleo e Agência Brasil)
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