No apagar de 2020, veja como está a situação da covid em Foz, Paraná, Brasil e vizinhos

Na Argentina, que fechou novamente as fronteiras aéreas, há até uma certa euforia com a chegada da vacina russa.

Fim da festa de Natal, com menos viagens pelo Paraná, muita gente se cuidando e evitando aglomerações em casa. Mas, também, com alguns abusos, como já virou hábito, o que pode trazer números tristes já no início de 2021.

Agora, vem o Réveillon, sem a possibilidade de passar a virada de ano numa das festas preparadas por grandes hotéis de Foz (agora, exclusivas para hóspedes), que também precisa ser comemorado de forma contida, em família.

Claro que dá vontade de se despedir de 2020 à altura, com muitos abraços e beijos em amigos e parentes. Mas os números ainda não permitem euforia. Quem sabe na virada pra 2022…

Confira o balanço deste sábado, 26.

COVID MATA MAIS EM FOZ DO QUE EM CASCAVEL, TOLEDO, PONTA GROSSA E GUARAPUAVA

Foz do Iguaçu chegou ao dia de Natal com mais 60 casos de coronavírus em 24 horas e, também, mais uma morte, uma mulher de 92 anos.

Agora, Foz totaliza 17.652 casos da doença, com 16.890 pessoas recuperadas (95,68%) e 250 mortes.

Há 512 casos ativos, dos quais 408 estão em isolamento domiciliar, com sinais e sintomas leves, e 104 pessoas estão internadas.

A regional de Foz do Iguaçu continua em 1º lugar no Paraná, em número de casos, proporcionalmente à população. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a regional de saúde de Foz registra 6.092 casos a cada 100 mil habitantes, ante a média paranaense de 3.453 casos por 100 mil.

O índice isolado de Foz é ainda maior: 6.893 casos a cada 100 mil moradores, isto é, o dobro da média paranaense.

A média móvel de casos, na semana até sexta-feira, estava em 103,86 por dia. Segundo a Vigilância Sanitária, o número diminuiu em relação há duas semanas.

Dos 95 leitos de UTI existentes, 74 estão em uso (77,89% do total); na enfermaria, dos 74 leitos, estão ocupados 60 (81,08%).

A letalidade (número de mortes em relação ao total de casos) é de 1,42% em Foz. No Paraná, o índice é de 1,91%; no Brasil, de 2,57%; no mundo, 2,23%.

Em números absolutos de óbitos, a regional de Saúde de Foz está em 4º lugar, atrás apenas de regionais muito mais populosas. Com 343 mortes, perde para a regional de saúde Metropolitana (3.416) e para as regionais de Londrina (623) e de Maringá (508).

A regional de Foz soma 403.559 habitantes, menos que Cascavel, que tem 547.094 e registra 317 mortes; ou que Ponta Grossa, com 631.810 moradores e 303 óbitos. A regional de Guarapuava, com 455.880 habitantes, registra 44 mortes. E a de Toledo, com população parecida (394.784 pessoas), teve até agora 103 mortes, menos de um terço do registrado aqui.

PARANÁ SOBE NO RANKING NACIONAL PARA 7º EM MORTES POR COVID

O Paraná, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, somava até sexta, 25, 396.026 casos confirmados e 7.573 mortes em decorrência da doença.

A média móvel de casos, na semana até dia 24, foi de 2.138, número elevado, mas que representa uma queda de 49,7% em comparação com duas semanas atrás.

Há também queda de 23,2% na média móvel de mortes, que ficou em 38 por dia na semana até o dia 24.

Há 1.536 pacientes com diagnóstico confirmado internados, dos quais 1.190 pacientes em leitos SUS (623 em UTI e 567 em leitos clínicos/enfermaria) e 346 em leitos da rede particular (137 em UTI e 209 em leitos clínicos/enfermaria).

Há outros 1.190 pacientes internados, 450 em leitos UTI e 740 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos.

A ocupação de leitos de UTI para covid-19 estava até sexta-feira na média de 85% em todo o Estado. A região em situação mais grave é a Oeste, com taxa de 92%, seguida da Leste, com 88%. Depois, vêm Noroeste (80%) e Norte (72%).

No ranking brasileiro de casos, o Paraná subiu para o 7º lugar, mesma posição que ocupa agora pelo número de óbitos.

Aliás, a situação dos estados do Sul piorou nas últimas semanas. O Rio Grande do Sul passou ao 5º lugar em casos e 6º em óbitos; e Santa Catarina para o 4º lugar em casos e (posição razoável) 12º em mortes.

Mesmo assim, o Sul está bem melhor que o Sudeste, onde São Paulo é o 1º em mortes e casos; o Rio de Janeiro é o 6º em casos e 2º em mortes; e Minas Gerais está em 2º em casos e 3º em mortes.

NO BRASIL, MÉDIA MÓVEL DE CASOS BAIXA, MAS A DE MORTES AUMENTA

Até a sexta-feira, o Brasil contabilizava 7.448.560 casos de covid-19 e 190.488 mortes. O País continua em 3º lugar no ranking mundial, em casos, e em 2º em mortes.

As mortes diárias por covid-19 no Brasil, segundo a média móvel de sete dias, chegaram a 736,43 na quinta-feira (24). De acordo com os dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a média dessa quinta-feira interrompeu uma sequência de altas que vinha desde o dia 14 de dezembro.

Apesar da queda em relação ao dia 23 (quando se atingiu uma média de 783,57 óbitos), a média diárias de mortes por covid-19 cresceu 15% em relação há 14 dias (642,14 mortes) e 51% em relação há um mês (488 mortes).

A Agência Brasil noticia que, desde ontem, sexta, está proibida a entrada no Brasil de voos com origem ou passagem pela Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte nos últimos 14 dias.

Diante da identificação de duas novas mutações do novo coronavírus no Reino Unido, as novas regras, que atendem a uma recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foram publicadas na edição dessa quinta-feira do Diário Oficial da União.

A norma também proíbe a entrada de estrangeiros no país por via terrestre ou transporte aquaviário, mas há exceções: brasileiros natos ou naturalizados; imigrantes com residência definitiva no país, profissionais estrangeiros em missão e funcionários estrangeiros ligados ao governo brasileiro.

A partir do próximo dia 30, passageiros vindos de outros de países terão que apresentar o resultado negativo de covid-19 para entrar no Brasil. O exame exigido é tipo PCR, e tem que ser feito até 72 horas antes do embarque. Crianças entre 2 e 12 anos de idade não precisam fazer o teste, desde que seus acompanhantes façam.

AUMENTAM OS CASOS E MORTES NA FRONTEIRA DO PARAGUAI

Um balanço do jornal ABC Color, publicado neste sábado, 26, informa que em Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este, houve o registro de mais duas mortes por covid-19. O total, desde o início da pandemia, chega agora a 309 óbitos.

Há 619 casos ativos no departamento, enquanto a ocupação de leitos de UTI no Hospital Integrado Respiratório está em 90%. O hospital tem 27 pacientes na UTI de adultos, enquanto na UTI pediátrica estão ocupados três dos quatro leitos.

Na enfermaria, com 80 leitos, estão 24 pessoas. E na ala de reanimação há outras quatro.

Se a comparação for com Foz do Iguaçu, a situação de Alto Paraná é relativamente confortável. Com uma população 3,20 vezes maior que a de Foz, tem 20% a mais de casos ativos e 50% mais mortes desde o início da pandemia.

Confortável ou não, o problema é que vem aumentando rapidamente, embora não seja a região que mais preocupe a Saúde Pública do Paraguai, já que a pandemia atinge com mais força a Capital e o departamento Central, seguido por Caaguazú e Cordillera.

Em todo o Paraguai, há 103.888 casos confirmados da doença e 2.154 óbitos provocados pela doença, até a quinta-feira. O número não foi atualizado na sexta, o que deverá acontecer neste sábado.

Há ainda no país 830 pessoas internadas, das quais 179 se encontram em unidades de terapia intensiva. Em relação ao último balanço que publicamos, no dia 19, esses números quase não se alteraram: eram 827 pacientes internados, dos quais 182 em UTI.

ARGENTINA FECHA FRONTEIRAS E PREPARA-SE PRA COMEÇAR A VACINAÇÃO

A Argentina fechou o dia de Natal com 1.574.554 casos e 42.422 mortes. Na última semana, a média móvel de mortes ficou em 107,1 por dia.

Não apenas por esse aumento constante de casos e mortes, mas também devido à descoberta da nova cepa do coronavírus na Europa, o governo argentino fechou as fronteiras aéreas, deste o dia de Natal, para países que fazem fronteira.

Também suspendeu voos diretos procedentes ou com destino ao Reino Unido, Austrália, Dinamarca, Itália e Holanda.

Argentinos e residentes poderão entrar no país, desde que apresentem um teste PCR e façam uma quarentena obrigatória de sete dias.

As medidas valem até 9 de janeiro.

De positivo, para o governo, foi a chegada das primeiras 300 mil doses da vacina russa Sputnik V, como informa a agência Télam.

Neste sábado, o presidente Alberto Fernández se reúne (virtualmente) com governadores de todo o país para terminar de definir a campanha de vacinação em massa.

As primeiras doses serão destinadas ao pessoal do setor de saúde. A campanha de vacinação será desenvolvida em todo o país, de forma simultânea, informa o governo.

A campanha, definida pelo presidente como “uma epopeia”, vai contar com 116 mil integrantes das equipes de vacinação, e 7.749 estabelecimentos de saúde preparados para a vacinação, além de mais 10 mil voluntários.

Primeiro lote de vacinas russas chega à Argentina. Foto Agência Télam

NO MUNDO, DANÇA DAS CADEIRAS

O ranking mundial de covid-19 muda praticamente todos os dias. É só ver o caso da Argentina. Há uma semana, estava em 10º lugar tanto em casos quanto em mortes.

Nesta sexta-feira, estava em 12º em casos (foi ultrapassada pela Alemanha e Turquia) e em 11º em mortes (a Rússia passou à frente).

A Rússia sempre esteve no topo, em casos (está em 4º lugar, atualmente), mas ficava num nível intermediário, em mortes. Agora, passou a Colômbia, o Peru, a Argentina e a Espanha e está em 9º lugar.

Em óbitos, pelos números absolutos, o ranking é este:
Estados Unidos
Brasil
Índia
México
Itália
Reino Unid
França
Irã
Rússia
Espanha

Em mortalidade, no entanto (óbitos em relação à população), a ordem mudaria. Veja que o Brasil passaria do 2º para o 7º lugar, atrás inclusive da Argentina. A “campeã” seria a Itália e a “lanterninha” seria a Índia, apesar de estar em 2º em casos e em 3º em mortes.

 

 

 

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