Telefonia e internet: fios espalhados geram poluição e riscos
Aida Franco de Lima – OPINIÃO
Muito se fala em responsabilidade social das empresas, mas não tenho visto essa prática em relação às empresas de telefonia. Não, não estou falando das empresas que prometem uma banda larga e nos entregam uma fatia muito raquítica de velocidade. Estou me referindo às empresas que passam suas fiações por toda a cidade e quando os cabos, por diversos fatores, arrebentam, os largam a Deus dará.
É um completo descaso com o cidadão, com o meio ambiente, com as normas das cidades. Não fosse a poluição visual, com a qual nos deparamos ao olharmos para o alto, os fios soltos descem pelos postes, são amarrados em árvores, ficam dependurado em meio às ruas. Uma verdadeira armadilha. Pedestres, motoristas de carro, mas principalmente motociclistas e ciclistas podem ser vítimas dessas arapucas urbanas.
Outro grave problema que pode ser ocasionado com esses fios, é alguém confundir fiação de rede elétrica com telefonia. Algo grave, que pode ser fatal.
Conheço pessoas que quando deparam-se com esses fios, os cortam e colocam o material para a reciclagem. Outros até os reaproveitam, para usá-los como parreira para frutas, como maracujá. É o cidadão tentando fazer aquilo que as empresas de telefonia não cumprem e que os municípios parecem mesmo não cobrar: respeito com a coletividade.
Se os (ir) responsáveis não se preocupam com as pessoas, será que vão perder tempo com os animais, que também são vítimas dessas armadilhas? Fios desencapados, pendurados, em locais impróprios, tudo isso pode ser motivo para machucar uma ave, um mamífero. Na rota de voo, um fio desses pode fazer com que um beija-flor nunca mais volte para alimentar seus filhotes. E quem se importa? Pedaços dessa fiação pode ir para as galerias pluviais e te encontrar lá na praia… Inclusive, escrevi sobre isso aqui, no texto: “O mar começa aqui”. Conheça a ideia e faça sua parte
Mas, e então, o que fazer? Cobrar. Cobrar da Câmara se há uma lei que regulamente essa situação, se não há, criá-la. Se há, fazê-la ser cumprida. Ligar nas ouvidorias das empresas e falar a respeito. Pagamos muito caro para um serviço que nem sempre nos é entregue e não podemos que além disso, a sujeira seja empurrada para debaixo do tapete, ou melhor, pelas vias públicas. Assim não há maracujá que dê conta! Haja paciência!
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