‘Procão, SPgato’: que tal serviços de proteção aos animais?

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Aida Franco de Lima – ARTIGO

Passou da hora de termos uma lista suja nacional para quem maltrata animais! Se temos SERASA e SPC para, tentar, proteger o comércio dos maus pagadores, já é tempo de termos também, mais dispositivos, além da Lei de Crimes Ambientais 9.605/1998, que protejam os animais dos seus maus cuidadores. Uma lista suja de quem bom sujeito não é. Sim, porque quem é ruim com animais merece qual adjetivo?

Se há uma série de medidas protetivas contra o mal pagador, que adquire um bem e dá calote, por um motivo ou outro, como é que ficam as medidas protetivas dos animais vítimas de maus tratos, cujo o bem maior, suas vidas, é ameaçado? Passou do tempo de assegurarmos que pessoas que são cruéis com animais, não os tenham mais sob sua tutela.

Ah, mas é inconstitucional, fere a liber… Espere! Quem escreveu as leis foram os homens, sob a inspiração especista. Ou seja, o homem como centro de tudo, mandando em tudo, espécie mais importante que todas as demais. “Ah, mas as pessoas erram e se arrependem…” Maltratou animais e quer tê-los por perto novamente? Faz cursos e mais cursos de convivência e prove que a consciência mudou. O que acho bastante difícil, mas como em toda regra há exceção…

A Nina foi abandonada nas ruas porque sua ‘dona’ ia viajar no final de semana. Uma pessoa dessas deveria ter seu nome no registro de um serviço de proteção aos animais. Ah sim, Nina foi recolhida e conseguiu um lar incrível. Foto: Aida Franco de Lima

Claro que é importante uma série de reconfiguração da questão da guarda animal, mas essa é uma ferida na qual temos que mexer. A coisa mais comum é alguém ter conhecimento de situações de maus tratos e não saber como denunciar. E quando denunciam, muitas vezes o animal acaba ficando nas mãos do algoz, porque não há onde colocá-lo. O compromisso de o (a) agressor (a), muitas vezes é de colocar um abrigo, água e comida para o animal que estava ao relento, por exemplo. Pode ocorrer de a fiscalização retornar em alguma outra vez para confirmar se o acordo foi cumprido. Mas e quando vão embora, quem garante que os animais não serão punidos? É bastante óbvio que uma pessoa que é multada por maltratar animais, não tem afeto por eles. Alguém realmente acredita que essa pessoa não vai descontar sua fúria no bichinho? Eu não tenho dúvida alguma.

Já testemunhei inúmeras situações de maus tratos, em algumas conseguimos salvar os animais e em outras apenas intermediamos para que um veterinário não permitisse mais seu sofrimento. Sim, eutanásia é um gesto de amor também. Porém, o que muitas vezes ocorre é que os animais agonizam até a morte sob o relaxo de seus algozes (sim, vou repetir esse termo, pois não cabe outro melhor) e esses ainda ficam livres, leves e soltos para adotar ou comprar outras vítimas. Até quando vamos permitir isso?

Feirinha de adoção, cujo nome é errado, pois animal não é objeto para ser rifado ou doado, tinha que obrigatoriamente ter os dados de pessoas que costumeiramente abandonam ou torturam animais. Antes de levar para adoção, seu nome ou de seus parentes de primeiro grau, deveriam ser consultados para saber se estão na lista suja.

Na lista com pessoas com indícios de psicopatia. Sim, torturar animais é um dos sintomas, e eu já escrevi a respeito no texto: Animais – Maus tratos é indício de psicopatia. O mesmo deve valer para quem os explora para fins industriais. Quem garante que a pessoa que deixa animais morrerem de fome, porque a ração ou milho estão caros ou o preço da arroba não dá lucro, não o fará novamente? Só multa ou reclusão que acaba ‘não dando em nada’, é insuficiente.

Nada impede que você que se preocupa com animais leve a sugestão à câmara de vereadores ou prefeitura. Que leve a proposta a um deputado ou senador. Precisamos ser a voz dos animais. Se não falarmos por eles, quem o fará? Procão, SPgato já!

Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ.

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