A COP e a Copa

A COP 27 – Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorre no Egito, entre os dias 6 a 18 de novembro deveria gerar a mesma expectativa da Copa 22, que acontece no Catar, entre os dias 20 a 18 de dezembro. Mas não é bem isso que acontece.

A Copa envolve o Planeta todo, é discutida nos mais variados círculos sociais, gira em torno de  muito dinheiro e gera a curiosidade da mídia. Desperta paixões  e concede a uma única nação o gostinho da vitória, da conquista de um título disputadíssimo.

De outro modo, a COP 27 mesmo não sendo discutida por todos, interfere diretamente nos mais variados círculos sociais, movimenta a economia e é assunto que envolve os mais diversos temas da mídia. Mas não desperta grandes paixões e ainda não foi capaz de fazer com que as nações disputem o título de país modelo em sustentabilidade.

A COP 27 é uma espécie de torneio onde todos ganham ou todos perdem. Não há meio termo. Se os países não fizerem a lição de casa, tomando medidas eficazes para diminuir a emissão de gases que alteram a temperatura do Planeta, continuaremos fazendo gol contra.

O Banco Mundial alerta que se não forem tomadas medidas urgentes, até o ano de 2030 a pobreza atingirá 100 milhões de pessoas. O impacto do aumento da temperatura reflete das mais variadas formas. É o preço da farinha que aumenta, é a produtividade do trabalhador que diminui. São regiões atingidas pelos mais graves e variados fenômenos meteorológicos que têm suas economias abaladas da noite para o dia.

Os eventos climáticos extremos representam adversários inesperados, que entram em campo com mais jogadores e deixam o time sem defesa. Mas não entram sem avisar. Eles mandam mensagens o tempo todo, porém, o técnico ou os governantes, não dão a importância necessária.

A COP 27 tem essa missão. A de alertar o mundo sobre os riscos que o Planeta vivencia e que nosso ritmo de vida precisa mudar. No jogo contra as mudanças climáticas, não tem prorrogação.

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