Dias melhores

Meus votos de um feliz olhar novo. E muitos podem estar perguntando mentalmente: como assim? Para que um olhar novo?

Finalmente 2020 chegou ao fim. Ufa! Que alívio! O início de um novo ciclo sempre carrega muita esperança e 2021 deve trazer uma tonelada nesse sentimento. Como foi o ano passado para você? Com mais ou menos momentos alegres? Vitórias? Dificuldades? Insucessos? Enfim, sempre é tempo de olhar para trás e fazer um balanço, de avaliar o quão longe já foi e ainda pode ir, particularmente em um período de recomeço que atinge a todos.

Logicamente muitos traçarão novos objetivos, em diferentes aspectos. Pequeno ou grande, não importa: cada um tem os desejos que gostaria de realizar. E você? Já parou para pensar quais são os seus anseios para o ano que se inicia?

Já sei! Sem ser clichê, saúde, principalmente pelo falto da ameba invisível da COVID-19 ter crescido, se fortalecido e até se multiplicado mundo afora (de novo). E ainda dentro desse desejo: vacina. Mas longe de mim querer ser demasiadamente realista (ou pessimista, se preferir) é muito mais fácil querer algo que só depende de cada indivíduo para realizar como saúde, visto que no caso do imunizante é mais complicado e BURROcrático, especialmente em terras tupiniquins.

Vou pegar emprestado o querer do cantor e compositor Jão: “eu quero ser maior, eu quero ser melhor, me quero mais bonito”, afinal autoestima elevada não tem contraindicação. Aproveitando este momento de reflexão quero te desejar algo diferente, não só um feliz ano novo, pois isso todos desejam uns aos outros.

Meus votos de um feliz olhar novo. E muitos podem estar perguntando mentalmente: como assim? Para que um olhar novo? Para não ver o futuro repetir o passado, nos deixando cegar pelas metas estipuladas, para conseguirmos vislumbrar um novo caminho para contornar as dificuldades, para enxergarmos com bons olhos as mudanças, para estarmos receptivos no museu com grandes novidades, como dizia Cazuza.

Realmente é difícil manter a esperança e o otimismo depois de um ano tão duro, mas é preciso ser forte, lembrar que fazemos parte de uma “gente bonita, de bem com a vida, que vai à luta, gente que acredita, gente que chega lá onde ela quiser”, como definiu Paulo Ricardo e que não tememos as adversidades, afinal “quem sete vezes cai, levanta oito”, reforça Tiago Iorc.

Tempos atrás o artista já teve a premonição de que “o novo virá pra re-harmonizar a terra, o ar, água e o fogo”. E ainda que cercados de dúvidas e incertezas, no fundo, as pessoas sabem que “no novo tempo, apesar dos perigos, da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta pra sobreviver”. Mudança é o tipo de coisa que vem sem pedir permissão, dispensa convite e algumas vezes se instala fazendo o maior reboliço.

Algumas vezes não é fácil, mas é melhor ter a mudança como aliada ao invés de lutar contra a mesma. Seja para otimizar o seu tempo e assim ter mais oportunidades para (re) descobrir momentos simples: contar as nuvens no céu enquanto olha os aviões, rir das caras e bocas do animal de estimação, observar um ninho de pássaros feito em local inusitado, cuidar e proteger aqueles que ama.

Enfim, use as mudanças para te ajudar a se transformar no que quiser. O que você quer ser ao longo deste ano que está nascendo? Tanto faz se você é um sonhador, um realista ou então um dos poucos que procuram equilibrar-se transformando sonhos em realidade.

Mas e se der errado? Tudo bem. Acontece e pode acontecer incontáveis vezes. Mas você tentou. E não desista. Faça como os gerentes de projetos: registre tudo no seu histórico de lições aprendidas e siga o conselho de Raul Seixas: “tente outra vez, levante sua mão sedenta e recomece a andar. Não pense que a cabeça aguenta se você parar”.

Inegavelmente tanto ao longo de cada ano tanto quanto da vida precisamos ser ativos e passivos. Sendo assim, escolha ser mais ativo, sem invadir o espaço do outro. Escreva a sua história um pouco a cada dia, sem esquecer-se de um ótimo conselho contido em uma canção interpretada por Pedro Mariano: “o resto vem, devagar. Não convém dar a cara para bater e dizer que não valeu se tudo está para acontecer”.

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