Visac diz cumprir jornada de trabalho e que ajustes laborais foram a dissídio

Empresa se manifestou depois de Sindicato dos Rodoviários ter afirmado que quer melhorias para a categoria na próxima licitação.


Operadora do transporte coletivo, a Viação Santa Clara (Visac) informou cumprir o contrato com a prefeitura e a jornada de trabalho dos motoristas. A manifestação foi em resposta ao Sindicato dos Rodoviários – que, sem citar o nome da empresa, afirmou que pretende assegurar direitos da categoria na próxima licitação do serviço em Foz do Iguaçu.

O contrato atual com a empresa, que opera desde 2022, após o fim da caducidade com o antigo consórcio, vence no começo de março. Uma das alternativas estudadas pelo município é estender o termo. O Observatório Social realça que uma cláusula impede a prorrogação contratual e que permissões de curta duração encarecem o serviço.

Presidente do sindicato, Dilto Vitorassi levou reivindicações da categoria à Câmara de Vereadores nesta semana. Ele disse que as principais preocupações são quanto à carga horária realizada pelos condutores e a alta temperatura, frisando que as demandas se avolumam desde a pandemia.

A Visac, por sua vez, manifestou que “desde que iniciou a operação do transporte público em Foz do Iguaçu vem cumprindo com o que é determinado pelo contrato assinado com a prefeitura e sindicato através de ACT, inclusive sobre a jornada de trabalho”.

E que fechou acordo com o sindicato, recorrendo, na época, a um estudo que foi realizado pela Universidade Federal Latino-Americana (Unila). O objetivo era verificar a aplicação da escala e propor novos horários para os trabalhadores.

“Ao final, o estudo apontou que a empresa está atuando dentro da legislação e de forma econômica para o custo da tarifa”, mencionou a empresa de ônibus. “E, todos os anos a VISAC é fiscalizada pelo Ministério Público do Trabalho e, até o momento, nenhuma irregularidade foi encontrada seja na carga horária ou escala de trabalho”, completou.

Alega a permissionária do transporte que o projeto Desenvolvendo Condutores, da empresa, reúne 600 motoristas inscritos, os quais estariam interessados no salário, carga horária e benefícios oferecidos. “E a maioria dos motoristas que pede demissão, meses depois pede para retornar ao trabalho”, argumentou.

Ajustes laborais de dois anos

Na Câmara de Vereadores, o representante dos rodoviários ainda citou problemas como a diminuição de frota, o que afeta passageiros e trabalhadores. E a redução de horas extras, instituição de trabalho extra aos motoristas como cobradores e atraso de pagamento e de FGTS.

Sobre a diminuição do número de ônibus em relação ao período anterior às suas operações, a Visac não se posicionou. Quanto às questões laborais, expôs de modo geral que “os ajustes econômicos de 2023 e 2024 estão sendo resolvidos por meio de dissidio e a empresa está em acordo com a CLT [leis trabalhistas]”.

No mundo do trabalho, dissídio é quando as postulações empregador e empregados, que podem ser representados pelas respectivas entidades de classe, são remetidas à solução da Justiça do Trabalho. Está contido na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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