Denúncias de perseguição, ameaça e violência psicológica contra mulheres aumentaram 145% em Foz do Iguaçu, no ano passado, em relação a 2021. Conforme dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária (SESP), em 2021 houve 51 registros; já em 2022, o total chegou a 125.
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Os números fazem parte do relatório do Gabinete de Gestão Integrada de Foz do Iguaçu, onde também consta que o crime de lesão corporal praticado contra as mulheres teve redução de 19,11% no mesmo período. Em 2021 foram registradas 790 denúncias; em 2022, 639.
Coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Iraci Pereira Conceição avalia que o aumento das denúncias se deve ao amadurecimento da mulher em relação à violência doméstica. “As mulheres estão entendendo o conceito de violência muito melhor agora”, diz.
Iraci esclarece que as mulheres passaram a entender que perseguição e ameaça também são um tipo de violência e merecem ser denunciadas. Caso persistam, tais situações podem culminar em lesão corporal e morte. “São as primeiras formas de violência. Se não quebrarem o ciclo, outras mais graves virão”, pontua.
Medidas protetivas
Outro dado que indica o maior protagonismo da mulher é a medida protetiva. O número de pedidos vem crescendo em Foz do Iguaçu e, nos últimos anos, mantém-se em torno de 1.300. Até 2018, não chegava a mil. Em 2021 houve 1.306 solicitações; em 2022, um total de 1.331. Os dados são do Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Foz do Iguaçu.
Muitas das ameaças são registradas por mulheres que estão sob regime de medidas protetivas e têm amparo da Patrulha Maria da Penha, da Guarda Municipal.
Serviços de Proteção à Mulher em Foz
– Delegacia da Mulher: (45) 3521-2150;
– Patrulha Maria da Penha: (45) 98401-6287;
– CRAM (Centro de Referência em Atendimento à Mulher em Situação de Violência): (45) 3526-8857;
– Disque 180: denúncia de casos de violência doméstica;
– Guarda Municipal: 153;
– Polícia Militar: 190.
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