Rodoviários paralisam transporte coletivo na quinta, comunica sindicato

Motoristas cobram retroativos salariais e estão preocupados com outros direitos frente aos rumos do transporte coletivo.

Motoristas cobram retroativos salariais e estão preocupados com outros direitos frente aos rumos do transporte coletivo.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Foz do Iguaçu (Sitro-FI) comunicou que retomará a paralisação do transporte coletivo a partir desta quinta-feira, 10, às 9h. Após acordo com as empresas de ônibus, os motoristas haviam suspendido, no segundo dia, a greve deflagrada em 22 de fevereiro.

Leia também: Rodoviários suspendem greve do transporte coletivo em Foz

Diz o informe do sindicato (abaixo, reproduzido na íntegra), uma exigência legal para greves, que a categoria cobra valores salariais retroativos, “tendo em vista a não renovação dos Acordos Coletivos de Trabalho e Termos Aditivos”. Esses ajustes abrangem 2020/2021 e 2021/2022, conforme o Sitro-FI.

“Os trabalhadores resolveram retomar a paralisação para que as empresas se posicionem quanto às diferenças salariais pela inflação, dos períodos de 6/2019 a 5/2020 e 6/2020 a 5/2021”, expõe o comunicado. As “empresas precisam pagar os retroativos e corrigir os salários, vale-alimentação e plus para exercer a dupla função [dirigir e cobrar passagem]”, prossegue o sindicato.

A reportagem pediu o posicionamento do Consórcio Sorriso sobre o anúncio da greve e as reivindicações, mas até o momento não obteve resposta da assessoria.

O H2FOZ apurou que os rodoviários iguaçuenses estão preocupados com os rumos do transporte coletivo na cidade. Isso porque a possível selecionada para operar o sistema a partir deste domingo, 13, prazo estipulado pela prefeitura no decreto de caducidade – extinção – do contrato atual, não procurou a categoria para entendimentos laborais.

Outro receio dos trabalhadores é em relação a pagamentos de eventuais rescisões contratuais com as empresas do Consórcio Sorriso. A prefeitura e possíveis novos operadores estariam desobrigados, conforme o decreto do município, de quitar passivos trabalhistas, e não há obrigatoriedade de contratação dos atuais rodoviários.

O prazo exíguo, a falta de iniciativas para contratação de funcionários e a ausência de movimentação de novos ônibus na cidade colaboram para rumores de que a caducidade do contrato em vigor não será efetivada neste domingo. Corrobora para essa situação o pedido de renúncia do secretário da Transparência e Governança, José Elias Castro Gomes, que vinha atuando no marco legal para o rompimento contratual e seleção de nova empresa.

Comunicado público divulgado pelo sindicato – Foto: Reprodução
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