Itaipu arrecadou, nessa terça-feira (1.º), R$ 18.894.459,11 com o leilão de 40 casas desocupadas na Vila A, bairro construído pela binacional na segunda metade da década de 1970 em Foz do Iguaçu. O ágio médio foi de 28%. Dos 48 lotes inicialmente listados, oito não foram arrematados e serão leiloados novamente em um novo certame.
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De acordo com a diretoria brasileira, o dinheiro arrecadado será investido, integralmente, em um projeto para a construção de cerca de duzentas moradias populares na Terra das Cataratas, previsto para 2024, em parceria com o município.
O leilão teve lances feitos de forma física, no auditório do hotel Interludium Iguassu Convention, com a presença de mais de 40 inscritos; e on-line, no site do leiloeiro oficial Pedro Lerner Kronberg, com média de participação de 50 interessados.
O maior valor arrecadado por um único lote foi de R$ 1,4 milhão, por um imóvel de 111 metros quadrados (m²), com 893m² de terreno, localizado na Avenida Garibaldi. Já o maior ágio foi de 101%, para uma casa de 154m² e terreno de 896m², inicialmente oferecida a R$ 475 mil, que foi arrematada por R$ 953 mil.
Todos os lotes foram vendidos separadamente. Empregados(as), seus(suas) cônjuges e parentes de segundo grau, além de pessoas ligadas à Itaipu, não puderam participar do processo, que faz parte da desmobilização de ativos que a empresa considera que já cumpriram com sua função original.
A primeira desmobilização ocorreu na década de 1990, com a venda das casas da Vila C. Desde 2004, já foram alienados 1.401 imóveis residenciais nas Vilas A e B. Atualmente, Itaipu ainda conta com 905 imóveis de sua propriedade. O próximo leilão, com 27 casas desocupadas, deverá ocorrer ainda em 2023, em data a ser anunciada.
Recomeço
Um dos arrematantes do leilão dessa terça foi o produtor de audiovisual Carlos Escobar, de 47 anos, que comprou uma casa de 83m² por cerca de R$ 260 mil, praticamente pelo preço inicial, para morar com a família, a esposa Gabriela Bravo, e os seis filhos – quatro meninas e dois meninos, com idades de três a 15 anos.
“Fazia um tempão que estávamos atrás disso”, disse Carlos. No final do ano passado, um curto-circuito provocou um incêndio em sua residência, no bairro Três Lagoas. Na ocasião, Carlos e a Gabriela estavam em um compromisso no Paraguai. O heroísmo de um vizinho resgatou as crianças de uma tragédia ainda maior.
“Um dos meus filhos ficou preso no nosso quarto. Ele inalou muita fumaça e foi para o hospital. Um herói entrou e salvou meu filho”, recordou o produtor, em declarações reproduzidas pela assessoria de Itaipu. “A primeira coisa que quero fazer é me mudar com minha família.”
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