IBGE está nas ruas para levantar a infraestrutura da cidade, como calçadas, pontos de ônibus e iluminação; leia o texto e assista à entrevista.
As equipes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já estão nas ruas de Foz do Iguaçu. Agora, realizam um mapeamento da infraestrutura urbana da cidade. A partir de 1º de agosto, começará o Censo 2022, em que os recenseadores irão bater de porta em porta para contar a população.
A importância desse trabalho foi apresentada pelo coordenador de área do censo do IBGE em Foz do Iguaçu e cidades vizinhas, Alex Castagnaro, durante entrevista no programa Marco Zero. Ele deu detalhes sobre essa complexa operação para apurar dados que serão usados para o planejamento e execução de políticas públicas.
Assista à entrevista.
Na segunda quinzena de julho, os recenseadores passarão por treinamento e receberão materiais e equipamentos para ir de casa em casa no mês seguinte. Todas as pessoas da família acima de 12 anos deverão responder às perguntas ou quem estiver na hora visita do IBGE responderá pelas demais.
“É fundamental que todos respondam ao Censo 2022. Cada família vai ter a oportunidade de contar um pouco da sua realidade”, explicou Alex. É indispensável que as pessoas deem as informações de maneira precisa e correta, pois essa radiografia de quem somos e de quantos somos será utilizada nas iniciativas governamentais.
Por exemplo: se em uma determinada comunidade incidir alto índice de evasão, os números despertarão a necessidade de investimentos públicos na educação. O mesmo vale para o levantamento urbanístico, em elaboração nessa fase do trabalho, que irá identificar fatores que estão ligados à qualidade de vida dos moradores.
Na entrevista, Alex Castagnaro informou que o questionário básico será recolhido entre 90% dos moradores de Foz do Iguaçu. Os restantes 10% dos domicílios irão participar da amostra, que reúne “informações mais robustas e que permite traçarmos e projetarmos os dados para os outros 90% de residências”, frisou.
Dados estatísticos
No Marco Zero, o representante do IBGE em Foz do Iguaçu reforçou que as informações são meramente estatísticas, não implicando a vida financeira das pessoas ou cobrança de impostos. “O IBGE é um órgão completamente independente, de Estado e que gera estatísticas, sem bater essas informações com outros órgãos”, destacou.
O objetivo do censo é identificar a média do rendimento da população de Foz do Iguaçu, e não quanto determinado morador ganha. “As informações ficam entre a pessoa e o equipamento de coleta, que compila os dados e passa para uma central, já sem o nome de ninguém, que são tratados como estatística, não informação pessoal”, relatou Alex.
O IBGE segue uma rígida legislação de sigilo. “Se alguém não se sentir confortável, poderá ele mesmo digitar, no equipamento de coleta, de forma sigilosa, o rendimento”, disse. “O nome vai só no questionário para critérios de supervisão”, reforçou o coordenador do setor do censo em Foz do Iguaçu e região.
Condomínios
O servidor público ressaltou que cada moradia, em todos os condomínios, será visitada pelos recenseadores a partir de agosto, para o Censo 2022. Os profissionais irão bater de porta em porta, e o supervisor poderá fazer o contato com responsáveis, pois são locais que muitas vezes tem o acesso dificultado.
“Pedimos que o morador de condomínio já fique ciente que o recenseador vai passar em todas as casas, e isso já pode ser conversado em reuniões para se tomar medidas para permitir o acesso ao recenseador, junto ao síndico ou gestor”, disse. “Não podemos deixar ninguém de fora”, convocou Alex.
Segurança
Os recenseadores do IBGE irão passar, a partir de agosto, de casa em casa, facilmente identificáveis, com colete, crachá e equipamentos. Caso o morador tenha alguma dúvida, será possível conferir a veracidade da atividade pelo site, em: respondendo.ibge.gov.br – ou por um telefone 0800 que será divulgado mais à frente.
Ponto de partida
Nesta primeira fase do trabalho do IBGE, já em execução em Foz do Iguaçu, buscam-se informações das áreas urbanas do município com relação à infraestrutura. Os questionários apuram se existem pavimentação, arborização, iluminação pública, bueiro, calçadas, ponto de ônibus e rampas para cadeirantes.
“Não só se existem calçadas, mas se elas estão aptas para cadeirantes, se não há obstáculos que impossibilitem esse acesso”, salientou Alex Castagnaro. A pesquisa abrange todas as ruas e quarteirões da cidade, sendo uma preparação para que a contagem da população seja em realizada em agosto.
“Com as informações que a gente coleta, os governos – todos eles – não podem dizer que não conhecem a realidade”, asseverou. “Todos sabem das questões de qualidade de vida e como elas são afetadas por um cenário urbanístico precarizado ou insuficiente. Essa pesquisa irá trazer insumos ao poder público para que sejam tomadas medidas, são dados para serem usados para aumentar a qualidade de vida”, concluiu Alex Castagnaro.
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