A discussão do projeto de reforma da Previdência do município deve ficar para o ano que vem, até ser concluído o estudo atuarial contratado pelos sindicatos para nortear uma proposta com a participação dos servidores. Esse cronograma foi assumido pelo presidente da Câmara de Vereadores, Ney Patrício (PSD), e pelo dirigente eleito, João Morales (União Brasil).
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Na manhã desta segunda-feira, 19, diretores do Sismufi e Sinprefi, sindicatos que representam o funcionalismo iguaçuense, reuniram-se com parlamentares no Legislativo. A data da retomada não foi definida, mas é possível que ocorra no começou de janeiro de 2023, reportou o Sismufi.
Autor do projeto, o prefeito Chico Brasileiro (PSD) esperava a votação em dezembro. Os servidores questionaram a pressa, denunciando o que chamaram de “a toque de caixa”, já que a tramitação acontece no meio das festas de dezembro. Em assembleia extraordinária, a categoria rejeitou o projeto tal qual foi apresentado pela prefeitura.
Os servidores consideram que a reforma proposta exigirá mais tempo de contribuição e maior idade para a aposentadoria. Outro questionamento é quanto à regra que exigirá desconto de 14% sobre os funcionários públicos inativos, sobre o valor que exceder R$ 3,6 mil – hoje, essa norma recai a partir de R$ 7 mil.
“Nosso compromisso é que, neste ano, não colocaria em votação [reforma da Previdência] sem que houvesse o afinamento das ideias e propostas. O que atrasou foi o cálculo”, disse Ney Patrício, em live transmitida pelos sindicatos. Ele reforçou a ideia de reiniciar o debate em janeiro, com o estudo atuarial.
Foram a “firmeza e persistência” que conseguiram “manter o comprometimento da Câmara de Vereadores para não votar a reforma sem antes debater de maneira ampla e transparente com os servidores”, frisou o presidente do Sismufi, Aldevir Hanke. A orientação é para que o funcionalismo permaneça alerta sobre a tramitação da pauta.
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