Em Foz do Iguaçu do Iguaçu, uma ponte concluída pela prefeitura há quase três anos não pode ser usada por veículos devido à falta de obras na via de acesso. Ao custo de R$ 111 mil, fica na Rua Arno Welter, em que ocorre o Arroio Ouro Verde, na área da Vila Shalon, Região Sul da cidade.
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Para chegar até ela, é preciso seguir pela rua ao lado do Hotel AVM (Associação da Vila Militar), a partir da Avenida General Meira. O calçamento termina a cerca de 50 metros da interligação. Na continuidade, do outro lado da ponte, a erosão causada pela chuva faz buracos serpentearem o trecho da estrada de terra, mato e árvores caídas, contígua a um bairro recente, a Vila Maria.
A ordem da prefeitura para a Duma Empreendimentos iniciar os serviços foi assinada em agosto de 2019, prevendo prazo de 90 dias para execução, com conclusão da empreitada para a metade de dezembro do mesmo ano. A obra foi entregue somente em março de 2020.
Conforme o município, em relação ao referido contrato, que ao todo envolveu a construção de três “aduelas”, foi aberto processo administrativo com o objetivo de “apurar algumas irregularidades no curso da obra”. A administração não informou quando pretende concluir a investigação, referente às intervenções que estão prestes a completar três anos da conclusão.
A reportagem foi ao local depois que um leitor relatou ter ingressado na Rua Arno Welter e ter de fazer meia-volta ao chegar à ponte. Sem manutenção aparente, barras de proteção foram quebradas, e a água da chuva desgastou a terra sobre a qual se impõe parte da estrutura em concreto. O Executivo não respondeu se faz serviços de conservação.
Questionada pelo H2FOZ, a prefeitura afirma que a obra faz parte de um contrato de financiamento para infraestrutura e saneamento, a fim de conter alagamentos na região. O termo contempla “aduelas” na Rua Água-Marinha e na Avenida General Meira, no Ouro Verde, além da estrutura na Arno Welter.
O projeto previa melhorias na via que leva à ponte. “Contudo a abertura de um acesso pela loteadora [da Vila Maria, em trecho mais adiante, na General Meira] retirou a urgência dessa demanda, o que já está na programação da Secretaria de Obras”, relatou a gestão municipal.
Com isso, a prefeitura decidiu alterar o contrato, “retirando alguns serviços que já não tinham tanta urgência, como a estrutura da rua com calçamento poliédrico, visto que a localidade não possuía ainda um adensamento populacional”. Assim, o valor foi reduzido de R$ 147 mil para R$ 111 mil, calcula a administração, “permitindo a realocação dos recursos em obras de maior urgência”.
Justificativa
Para fazer a obra em local sem acesso de veículos, justifica a prefeitura que “havia a necessidade de substituir o sistema anterior de passagem de água, sob as ruas onde corre o Arroio Ouro Verde, que era composto basicamente por manilhas”, expõe. O crescimento populacional da região e o asfaltamento para as localidades poderiam fazer “aumentar os alagamentos”, declarou.
Sustenta a gestão da cidade que “não adiantaria substituir apenas um sistema de passagem de água, pois não resolveria o problema”. A substituição da passagem de água nas três áreas em que passa o Arroio Ouro Verde teria sido definida pelo setor de planejamento municipal.
Questionamento
A obra da ponte na Rua Arno Welter já foi motivo de questionamento de controladores sociais cidadãos. A demanda, a partir de pedidos de informações à prefeitura, foi conduzida para os órgãos de controle e fiscalização.
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