Porto Seco de Foz do Iguaçu tem recorde de cargas no primeiro semestre

Unidade é a que mais faz trâmites de importação e exportação de mercadorias em toda a América Latina.

A Receita Federal do Brasil (RFB) divulgou, nesta sexta-feira (16), o balanço de movimentação de mercadorias no Porto Seco de Foz do Iguaçu, referente aos seis primeiros meses de 2021. O resultado é a melhor marca da história, com 98.685 cargas liberadas. (Imagem: Marcos Labanca / H2FOZ)

No comparativo com 2016, que tinha o melhor primeiro semestre até então, o crescimento foi de 21,4%. Já em relação ao ano passado, que foi afetado pela aplicação (de março em diante) de novas regras sanitárias na região de fronteira, a alta foi de 41,4%.

No tocante à importação, o número de cargas da Argentina manteve-se estável, com variação positiva de pouco mais de 6% sobre 2020.

Já a chegada de caminhões vindos do Paraguai teve crescimento de 75%. A principal explicação é a estiagem na hidrovia do Rio Paraná, que impediu ou atrasou a navegação dos carregamentos.

Do total de cargas liberadas entre 1º de janeiro e 30 de junho, 58.378 foram de importação e 40.307 de exportação.

O Paraguai recebeu quase que a totalidade do volume exportado (36.408 cargas), enquanto a Argentina foi o destino de apenas 3.899 carregamentos.

Movimentação bilionária

Se mantido o atual ritmo, a RFB projeta que 2021 deva fechar como o melhor ano da história do porto seco, não só em volume, mas em valor dos itens despachados.

No primeiro semestre, passaram pelo local produtos avaliados em US$ 2,6 bilhões (R$ 13,5 bilhões), sendo US$ 1,5 bilhão (R$ 7,8 bilhões) para exportação e US$ 1,1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) em importações. A alta é de 44,4% na comparação com o ano passado.

Segundo o órgão fiscalizador, os gêneros mais importados foram peixes, frutas, leite, alho, azeitonas, feijão, farinha de trigo, alumínio, óleos, ferro, têxtil, arroz, trigo, milho e soja.

Já os principais produtos enviados aos países vizinhos foram os derivados de celulose, plásticos, fertilizantes, maquinários agrícolas, veículos, peças, aço e madeiras.

Menos tempo perdido

A RFB comunica, também, que adotou medidas para agilizar o atendimento na fronteira, como a disponibilização de mais vagas no pátio e a ampliação do horário de funcionamento do escâner.

Em paralelo, foi viabilizada a recepção de caminhões em fila dupla na Ponte da Amizade e a extensão dos turnos de trabalho nas aduanas.

“Com isso, apesar do expressivo crescimento da movimentação de cargas, o tempo médio de permanência de cada veículo no pátio diminuiu. Hoje, é 11% menor se comparado ao período pré-pandemia”, informa a Receita.

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