Novo porto seco em Foz do Iguaçu leva Multilog à fase final de licitação

Recinto é o maior da América Latina em movimentação de cargas; empreendimento prevê R$ 230 milhões em investimentos.

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Julgado improcedente recurso de uma das empresas, a concorrência para construção do novo porto seco em Foz do Iguaçu levou a Multilog Brasil à fase documental e final. A atual operadora apresentou desconto de 50% nas tarifas máximas previstas no edital.

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As propostas foram entregues em agosto. Agora, nesta sexta-feira, 29, inicia-se a habilitação, que irá mensurar se a única empresa que permanece no pleito reúne a documentação e os requisitos legais, o que inclui de certidões negativas até autorização de operação.

Feito isso, a “licitante declarada vencedora da licitação terá a permissão para a prestação de serviços públicos de movimentação e armazenagem” de cargas em Foz do Iguaçu, reitera a Receita Federal do Brasil (RFB). O prazo da concessão será de 25 anos.

O total de investimento previsto na unidade é de R$ 230 milhões. O porto seco opera, sob controle da RFB, atividades de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias do comércio internacional.

A proposta da Multilog, atual concessionária do porto seco que está na final do certame, prevê:

  • investimento inicial estimado em R$ 179,9 milhões, nos primeiros dez anos de concessão;
  • cerca de R$ 30,7 milhões no décimo ano;
  • outros R$ 19,6 milhões no décimo quinto ano de contrato; e
  • construção de um armazém com cerca de 3.500m², um pátio de pré-embarque de 19 mil m² e um pátio interno para movimentação e estacionamento de veículos com 250 mil m² de área.

Porto seco

O recinto em Foz do Iguaçu é o maior da América Latina em movimentação de cargas. No ano passado, teve o maior fluxo da história, com a liberação de 201.262 caminhões. E os valores em dólar relacionados ao comércio exterior cresceram 12,90% em 2023.

A importância do empreendimento para a economia das Três Fronteiras é vital. Cerca de 65% de todo o fluxo de negócios entre Brasil e Paraguai passa pela região, entre as cidades vizinhas de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, à condição de exemplo.

Entre os principais gêneros exportados para o Paraguai no ano passado constam cimento, fertilizantes, adubos e máquinas agrícolas. De lá, vieram arroz, trigo, milho, soja, carne, ferro e produtos têxteis, elenca a Receita Federal.

Já para a Argentina, outro importante parceiro comercial, o Brasil exportou veículos, peças automotivas e para máquinas, e madeiras. Do país vizinho, as principais importações foram peixes, frutas, alho, azeitonas, celulose, feijão e farinha de trigo, pontua a RFB.

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