Três servidores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), que vivem em casas pertencentes à usina de Itaipu na Vila A, em Foz do Iguaçu, assinaram, na última sexta-feira (12), os documentos de compra dos imóveis.
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Para associação, cerca de 70% dos moradores não vão conseguir comprar casas da Vila A
De acordo com a binacional, o primeiro contrato foi assinado pela agente universitária Márcia Correia de Souza, que mora há 11 anos em uma casa da Rua Corruíra.
O ato no Centro Executivo de Itaipu foi prestigiado pelo diretor do campus da Unioeste em Foz do Iguaçu, Sérgio Fabriz; e por representantes da Diretoria Administrativa de Itaipu e da Caixa Econômica Federal, que fará o financiamento da compra.
“Eu esperei muito por esse momento. Agora, quando saio de manhã para trabalhar, eu me lembro que eu não preciso mais ficar ansiosa. Agora é a minha casa e eu não vou correr o risco de perder”, afirmou Márcia, que mora no imóvel com o filho de 19 anos.
O plano-piloto de venda das casas de Itaipu envolveu, em sua primeira etapa, um grupo de 21 moradores ligados à Unioeste. A intenção da hidrelétrica é comercializar, até o final de 2026, todos os mais de 900 imóveis ainda pertencentes à usina na Vila A.
Dificuldades
Conforme repercutido pelo H2FOZ no mês de junho, entidades como a Associação dos Moradores Interessados na Aquisição dos Imóveis da Vila A (AMIVA) estimam que até 70% dos atuais locatários não terão condições de adquirir as casas nas quais vivem.
Segundo a associação, além dos preços considerados altos, fatores como a idade avançada de muitos dos moradores dificultam o acesso a financiamentos.
Itaipu, por sua vez, argumenta que está aplicando os valores mínimos de avaliação do mercado, além de descontos adicionais de até 25% para quem não possui outro imóvel em Foz do Iguaçu.
“Seguindo o que a lei brasileira nos permite, as condições de oferta das casas são as melhores possíveis”, afirmou Iggor Rocha, diretor-administrativo, citado pela assessoria.
De acordo com Itaipu, “todo o processo de venda ocorrerá por etapas, ou seja, não haverá ofertas a todos os imóveis de uma única vez. No devido tempo, todos os moradores receberão uma comunicação a respeito da oferta.”
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