Itaipu nega rumores sobre desocupação das casas da Vila A

Segundo a binacional, “não há qualquer processo de desocupação em andamento para moradores em situação regular”.

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A diretoria brasileira de Itaipu Binacional emitiu, nessa sexta-feira (26), nota na qual desmente rumores sobre a desocupação de casas pertencentes à usina na Vila A, em Foz do Iguaçu, e afirma que não há ações em andamento.

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“Em resposta aos recentes boatos e desinformações veiculadas em mídias sociais sobre o processo de desmobilização dos imóveis da Vila A, a Itaipu esclarece que não há qualquer processo de desocupação em andamento para moradores em situação regular”, diz o texto distribuído à imprensa pela empresa.

Segundo Itaipu, 14 das 20 casas ofertadas aos atuais moradores no primeiro lote já foram comercializadas. As negociações de outros imóveis estão previstas apenas para o próximo ano.

“A Itaipu reforça que, no momento, o foco está nas ofertas de venda já feitas. Por isso, novas negociações serão realizadas no próximo ano, e a empresa lembra que não utiliza intermediários no processo de venda. Com os prazos, moradores em situação irregular são incentivados a regularizar sua situação imediatamente”, cita a nota.

Quanto às dificuldades que moradores com mais idade relataram para a obtenção de financiamentos, Itaipu informa que a decisão mais recente da empresa “permite que quaisquer familiares que residam com os atuais permissionários possam ajudar na aquisição”.

Atualmente, mais de 900 imóveis residenciais no bairro, construído na década de 1970 para abrigar trabalhadores que chegavam a Foz do Iguaçu com suas famílias, ainda pertencem à hidrelétrica, que pretende comercializá-los até 2026.

Os permissionários pagam uma taxa mensal pelo uso das casas, similar a um aluguel. O projeto-piloto de venda direta aos moradores tem como foco imóveis utilizados por servidores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Uma das principais preocupações expressadas pelos mutuários é quanto ao preço das residências, cujos terrenos, em muitos casos, têm metragem grande e estão situados em uma área urbana com forte valorização imobiliária.

A respeito, Itaipu afirma que está aplicando descontos em relação à avaliação de valor de mercado. O dinheiro obtido com a venda das casas, conforme a binacional, será revertido para projetos de habitação popular em Foz do Iguaçu.

Moradores

Nas redes sociais, perfis de usuários ligados ao bairro citam a existência de um cronograma nas propostas de venda apresentadas por Itaipu aos moradores.

O item 7.1 do documento, por exemplo, estabelece que aquele que escolher não adquirir a casa por algum motivo perderá a preferência de compra e terá de “restituir o imóvel livre e desembaraçado de pessoas e coisas à Itaipu em até 30 (trinta) dias corridos, contados a partir da data de ocorrência do primeiro fato gerador da perda de preferência”.

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